Hoje a postagem tem assunto político. Detesto política e quero anos-luz de distância das pessoas que ficam falando: "mas a política está em tudo, você deveria, sim, falar de política", como se eu fosse um retardado por me recusar a ficar nesse rame-rame extremista que só beneficia esse grupo político de marajás e, talvez, muitos alpinistas sociais. Quem faz parte dessas massas de manobras é que deveria ter a mente estudada.
Não querer fomentar massas não me impede de comentar, vez ou outra, sobre isso. Embora todas as vezes em que eu fazia, sentia um profundo arrependimento depois, tamanho desgaste interno. Mas vi um um comentário do Jotabê, no blog do Eduardo, que me chamou a atenção. Estava pronto para comentar lá, mas, no último segundo eu pensei que seria melhor colocar aqui mesmo, no meu espaço, então vamos lá!
Primeiro, o comentário de Jotabê à postagem de Eduardo:
Com este texto você sinalizou ou exibiu todo o ódio que tem pelo Lula. Eu não gosto dele nem do PT, nunca gostei e sempre deixei isso claro nas postagens mais antigas. Hoje, totalmente desencantado com os políticos brasileiros (que se originam do povo, é bom lembrar), tudo o que eu quero e peço é um governo não autoritário. Se vai roubar, se já roubou, não faz nada além do que sempre se praticou no Brasil. Ignorar ou esquecer-se disso é vacilo ou má vontade.
A afirmação sobre o pobre e trabalhador só ter valor na época das eleições não é um mea culpa, é a exposição da realidade que se vê em todo o país, seja em uma eleição para vereador ou presidente da república. Cestas básicas, sandálias de borracha, óculos, tudo é utilizado para seduzir o miserável.
Uma coisa que o Lula defende e que provavelmente nunca acontecerá é a taxação diferenciada dos super-ricos, tal como acontece em outros países. Aqui, infelizmente, os super ricos sempre farão de tudo para pagar menos impostos. E conseguem “convencer” os eleitores de que estão corretos. Mas foda-se o mundo, fodam-se todos.
Agora, meus pensamentos em resposta a Jotabê:
"...Eu não gosto dele nem do PT, nunca gostei e sempre deixei isso claro nas postagens mais antigas", mas depois você reconhece as medidas que só o governo dele tem a coragem de tratar e talvez não seria sequer colocada em pauta se o chefe da cadeira de Estado fosse outro. Ainda cita que nos outros países isso já acontece. Pois é, o Brasil é um país de um povo metido a besta que vive achando que está evoluindo, mas não passa de um povo atrasado. A informática chegou atrasada aqui, a Internet também, o próprio Pix já existia em alguns lugares. Só tem outro nome, mas esse sistema de transferência monetária instantâneo, onde o dinheiro está disponível na hora, existe desde 2004, mas ainda hoje propagam que o Pix é uma invenção do Brasil. Não. Não é. Do Brasil só tem o nome "Pix", semelhante a Pica, pra sempre ficar entendido a fodeção. Propaga-se uma coisa eleitoreira na Internet e todo mundo (o gado burro) acha que é verdade. Não foi Bolsonaro quem criou o Pix, e o Pix não é criação brasileira coisa nenhuma. Veja:
Como eu deixei lá em resposta ao Jotabê, eu não odeio o Lula mas odeio a forma do Lula governar. Essa coisa antiga de que só o Estado é o motor da economia (isso já foi tentado nos governos militares e o resultado foi a hiperinflação que destruiu quase tudo o que o Estado tinha construído na economia)vai levar o país a uma crise fiscal que já está sinalizada por vários economistas. Querendo ou não, Lula terá que cortar gastos mas a hercúlea vontade de continuar tirando dinheiro da sociedade para financiar o elefante branco que é o nosso Estado é um caminho equivocado.
ResponderExcluirEu já escrevi muito sobre política, mas nessa nova fase do Crônicas, em quase dois anos, é a primeira vez que toco no assunto porque achei a fala de Lula fofa. Não é fofo ele dizer "nós, os pobres"? Eu acho.
Só pra deixar registrado, eu votei em branco nas últimas eleições.
Ok, Eduardo, entendi bem. Muito obrigado, meu caro.
Excluir"eu não odeio o Lula"
ExcluirComo odiar o Lula? Ele entrega o que promete: caos.
Abraços
O seu nome devia mudar, de Neófito para Caótico. Eh, Eh!
ExcluirAh, e claro, Elis certamente foi nossa maior intérprete.
ResponderExcluirElis é insuperável
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirDeveria estar lisonjeado
ResponderExcluirPor ser assim tão citado
O que me faz preocupado
Pois o muro onde fico em cima
Não é nem muro nem tem lado
É mais uma corda bamba
Em que busco me equilibrar
E onde posso ser enforcado
Mas a pessoa em cima do muro neste post sou eu. Eu li esse post no meu canal e lá eu termino o vídeo deixando o entendimento melhor.sobre isso. É sobre MEU posicionamento diante do SEU comentário.
ExcluirEu assisti ao seu vídeo, mas quis dizer que EU também vivo em cima do muro por não me identificar nem com a esquerda pura nem com a direita pura. Meu partido ideal era o PSDB ao ser criado, gente moderada, não radical.
ExcluirPSDB, tivemos 2 prefeituras recentes desse partido muito sem-vergonha. Agora veio o PDT, velho conhecido pelo escândalo da Sevandija. Recentemente, PSDB deu milhões e milhões para o sistema de ônibus urbano, ações bastante duvidosas e que hoje são supostamente relacionadas a uma facção.."Supostamente" porque ainda está sendo investigado e sei lá se chegarão a alguma conclusão. Não vejo nada moderado do pouco que vi aqui do PSDB. Pode ser que em outros lugares seja diferente.
ExcluirUau!😦
ResponderExcluirBoa noite!
Querido Fabiano,
Li tua crônica com o olhar de quem apenas observa. Não para concordar nem discordar, mas para entender o que se revela por trás das palavras. E o que vejo é um retrato honesto talvez incômodo de um tempo em que todos parecem ter virado juízes, mas poucos ainda conseguem ser testemunhas. Observar, hoje, é quase um ato de resistência. Porque o país vive um transe de certezas. Cada grupo criou sua própria verdade e, dentro dela, não cabe nuance, dúvida ou reflexão. Tua escrita, ao contrário, caminha por esse terreno onde as coisas são mais complexas do que parecem. Tu não te escondes
“em cima do muro”; tu ficas ali para ver melhor. E isso, em tempos de cegueira coletiva, já é coragem.
Teu texto me fez perceber como estamos cansados não só dos políticos, mas das discussões vazias. Ninguém mais conversa, apenas disputa. E quando alguém, como tu, tenta pensar com lucidez, logo aparece quem quer enquadrar: “é de um lado ou de outro?”. Como se fosse proibido só querer entender.
Ao citar o Pix e o exemplo dos países, tu mostras que o problema não é apenas político, mas cultural: o brasileiro gosta de acreditar no mito, não no dado. A ilusão consola mais do que o fato. E é justamente isso que mantém o país rodando em círculos. A música que escolheste para encerrar, Cartomante, vem como um presságio. “Cai o rei de espadas, cai o rei de ouros…” os reis caem, mas o povo fica, olhando as ruínas e tentando reconstruir o que sempre lhe prometeram.
O observador, como tu, sabe disso: a política muda de nome, de cor e de rosto, mas a engrenagem é a mesma.Teu texto, amigo Fabiano, é o registro de quem cansou do barulho e escolheu ver sem raiva, sem medo. E é olhando assim, de fora e por dentro, que talvez um dia a gente volte a enxergar o que realmente importa.
Com respeito,
Fernanda
Sim, cansei desse barulho porque já percebi qual é a desse pessoal da política e qual é o meu lugar. E me sinto agredido quando a massa tenta me incluir no meio dela, pois eu estou enxergando melhor que esse povo, mas eles são muitos e não admitem. Em cima do muro vejo muita coisa que não gostaria, mas acho necessário.
ExcluirA música não tevê intenção nenhuma. É apenas uma música que gosto e achei que combinou com a ocasião. Muito obrigado pelo seu carinho!
Fabiano, tudo bem?
ResponderExcluirRapaz, eu já vi postagens do Jotabê e vários comentários dele, e essa história de que ele não gosta do Nine e nem do PT, é conversa pra boi dormir.
Sua postagem está perfeita.
Eu acho que na verdade, nós, povo brasileiro, sempre conseguimos levar para o segundo turno das eleições, os dois piores.
Piores entre os ruins.
Estamos ferrados.
Um abraço!
Que bom que compreendeu direitinho. Ufa!
ExcluirFabiano,
ResponderExcluirA do rei!, a postagem e o
reboliço que vejo quando
nós (gente) nos sentimos
catucados com a transparência
e a verdade.
Li tudinho, inclusive os
comentários dos coleguinhas
de Blogs.
E continuo a do ran do!
Bjins
CatiahôAlc.
Obrigado, querida!
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