quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Um amigo blogueiro me indicou a série MASKGIRL, da Netflix. Pela referência coreana, fiquei curioso, pois vi Round 6 e gostei, vi o filme Meus 84 Metros Quadrados e gostei, então pensei que a série poderia ser, no mínimo, razoável. Por que não assistir? Lembrando o saudoso personagem Rolando Lero, da Escolinha do Professor Raimundo, eu digo: "Assisti-a-a".

Ah...

Sete episódios de uma hora cada, mas cada um parece que tem três. Os dois primeiros episódios são ruins. Mostram uma mulher que gostaria de ser artista musical, mas cresceu complexada com sua aparência, então ela é mais uma no meio de um grupo que cumpre seu expediente em frente a uma tela de computador, obedecendo ordens de um superior. Ela tem suas "amizadinhas", mas ninguém a nota tanto assim, a ponto de obter uma consideração especial. A que lhe parecia melhor amiga era uma gorda nanica (só faltou a roupa azul e a logomarca Ultragás) cuja aparência também não era lá grande coisa, ainda tinha a língua comprida, adorava uma fofoca e um veneninho - normal em um local de trabalho, principalmente no Brasil (falou o cara que há muitos anos não sabe o que é isso).

A complexada tem um segredo: após o trabalho, à noite, ela faz apresentações em uma plataforma adulta para idiotas. Sim, para idiotas, pois qual plataforma adulta considera o nude como uma infração, a ponto de penalizar o tal do canal? Os idiotas ficam ali, vendo a pessoa dançar, se insinuar, à medida que eles depositam seus pix. Eu disse pix, não picas. Lá não tem pix, mas vocês entenderam o que eu quis dizer. Então eles depositam seus pix em troca de performances sexuais para suas picas, mas nudes não são permitidos. Ahhh... 

O segredo é que ela usa uma máscara que lhe cobre todo o rosto. Então ela é conhecida como a garota mascarada, por isso o nome MaskGirl. O corpo é maravilhoso, leva os homens à loucura. Mas é isso, precisa colocar um travesseiro na hora de um rala e rola. E sim, ela é feiona mesmo! Eu achei. Até Michael Myers correria dela na noite de Halloween.

O dois episódios giram em torno disso, de uma paixão que ela tem pelo seu gerente e de um encontro presencial com um suposto fã. O cara joga um lero, eles ficam bebendo um drinque em um bar. Se fosse no Brasil, iriam parar no hospital e a série acabaria aí, mas lá é uma pátria séria, então eles foram é para um motel. Ela espera o cidadão pagar a diária da suíte, que ficou cara, entra com ele na suítre e depois faz a linha "Meu Deus, o que eu estou fazendo aqui? Como você é mal, por ter me trazido aqui! Logo eu, tão inocente! Quer saber? Vou embora!". Parece que aprendeu direitinho com as 'do job' daqui.

Do lado de fora, um leitão punheteiro nerd, que era seu colega de trabalho e sabia seu segredo (nunca subestime a inteligência que um punheteiro crônico tem envolvendo imagens e sexo), a procurava, desesperado, pois a "bonita" (neste caso, sempre entre aspas, tá?) não sabia que seu príncipe-sapo estava detonando ela nas redes sociais. Para ela, ele jogou o maior chaveco dizendo que era linda, um princesa, que seria maravilhoso ficar com ela, mas ele postava o oposto nas redes (escondido dela, é lógico). 

Lá dentro, a "bonita" quer ir embora, então o príncipe-sapo fica desesperado, pois ele quer molhar seu biscoito, já que a noite lhe custou tão caro. "Ki ki foi, kirida? Tá achando que é Brasil?". Há uma briga entre os dois e ele acaba batendo a cabeça na pia e fica morto no chão. Bem na hora em que chega o punheteiro leitão.

Ela se manda e o leitão descobre que o cara não está morto de verdade. Puto que estava pelo flagrante deplorável em torno de sua amada, Shrek Coreano teve um acesso de ira e esquartejou o príncipe-sapo. 

A partir daí, a coisa só piora. Shrek Coreano se revela igual ao príncipe-sapo. Ele quer molhar seu biscoito gordo e ensebado na caverninha de Feiona, mas ela quase morre de nojo diante da possibilidade. Resultado: ela acaba matando ele e se manda dali. Ela dá um jeito de sumir do mapa, só que, antes, ainda quando está nas cenas finais com o Shrek Coreano, ela mostra que fez uma série de plásticas para mudar radicalmente sua face.

O terceiro episódio mantém um suspense sobre como ficou a aparência nova da MaskGirl feiona, que não era mais MaskGirl nem feiona, mas a gente não vê nunca como ficou a garota, porque resolveram focar na mãe do Shrek Coreano e um tempo desperdiçado sobre a convivência dela com o filho.

A mãe, com sangue no zóio, descobre a má sorte de seu filho, também que ele era o maior punheteiro da Coreia e, puta da vida, resolve fazer jutiça com as próprias mãos. A gente vai vendo ela arrumando pistas e indo em busca da agora misteriosa ex-MaskGirl Feiona. Perde-se muito tempo nisso, mantendo o suspense para a gente, até que finalmente nos deparamos com a personagem -- a atriz não tinha nada a ver com a anterior, o que eu considerei péssimo, mas aposto que a machaiada hétero até babou pela cabeça de baixo!

Houve um confronto entre ela, sua companheira lésbica e a mãe de Shrek Coreano. A mãe matou a lésbica e a Ex-MaskGirl, agora linda de morrer, matou a mãe de Shrek Coreano. A meu ver, a história deveria ter acabado aí. Foi ruim, mas valeu pelo suspense e os momentos de plot twist. Mas faltavam três episódios ainda, ou seja, quase uma eternidade. 

Parei no episódio seguinte, quando a história simplesmente foi descontinuada do tempo atual porque alguém nessa produção cretina achou que a gente queria conhecer a infância besta da feiona. Não! Isso não importava nenhum pouco. Aliás, isso vem sendo comum em séries de hoje em dia. Parece que eles não têm história, então eles metem, de repente, como foi o passado deste ou daquele personagem e ficam enrolando naquele tempo, sendo que aquilo não nos interessa em nada, é só enrolação. Assisti ao episódio, quase inteiro, mas não aguentei mais e resolvi abandoná-la. Infelizmente, a coisa só piorava a cada episodio. Se alguém quiser meter o louco de curioso, assista só os três episódios. Mas já aviso que é uma bomba. Muito chato.

3 comentários:

  1. Bah, eu não assisti, mas pelo que fui lendo, não teria chegado ao fim!
    Gostei do teu conselho e aviso ao final, lembrando que é uma booooooooomba!rs
    abraços praianos,chicq

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  2. Ri muito com esta frase: "só faltou a roupa azul e a logomarca Ultragás". Não duvido que a série seja um lixo, mas seus comentários serviram para me alegrar.

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  3. pois eu gostei, achei legal. gostei de que cada episódio ter um ponto de vista de um personagem diferente. Não te indico mais porranenhuma porque você é chato.

    Eu comecei a gostar de flahs backs com Lost, que era muito bem feito.

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