terça-feira, 29 de julho de 2025

POESIA COLETIVA

Como uma imagem consegue mexer com o interior das pessoas. A seguir, a expressividade de alguns amigos que aceitaram colaborar -- também de algumas IAs.


O barco segue seu rumo.
A correnteza o leva.
Eu sigo junto.
Sem saber o rumo final.
Deixo que o rio me leve.
A lua está cheia.
Uma bola alaranjada,
ainda iluminada pelo sol poente.
Aos poucos a noite virá.
Mas não será escura.
A luz da lua ainda estará refetindo
nas águas escuras deste rio
que parece não ter fim.
O barco segue seu rumo.
e com ele, a lua a nos guiar,
sigo eu.
Para onde?
Hoje nada importa.
O que importa é seguir
até que, quem sabe,
um novo dia amanheça.

Duda Neutzling
Florianópolis/SC
27/07/2025
18:53

Seguir além
 
Seguir além é
Preciso
Imperativo
 
Olhar pra frente é
Necessário
Revolucionário
 
Não importa sequer
Situação
Condição
 
Ninguém desvia o
Rio de
Seu curso
 
Não importando
o tempo
nem o vento
 
Além do horizonte
Há futuro mesmo
Que impere a solidão
 
O importante
É seguir
Sempre além

CatiahôAlc.
27/07/2025
20:59

BARCO NA ÁGUA

Sou como o pequeno barco
Silencioso e pacato 
Experimentando o molhado
Da água calma que tem me banhado

Revigorando os meus dias
Criando as expectativas
Avançando na vida

Fera alimentada ou ferida?
Vai depender da questão resolvida
Realização ou frustração?
Dois caminhos, uma decisão

Como vai conduzir seu barco?
Com alegria, força, fé, o eu motivado?
Ou com tristeza, fraqueza, um certo desamparo?

Algo está à sua espera, mais à frente
Um evento importante?
Quem sabe, uma festa cheia de gente?
Talvez a calmaria lhe seja mais interessante

A água que acolhe meu pequeno barco
É a mesma por onde você tem passado
Mas o que temos dela é diferenciado

Ela me oferece, favorece
O que tenho de ir buscar
Ela é o caminho, não apenas uma trajetória 
Nela eu sigo e vivo e logo viro memória

Fabiano Caldeira
Ribeirão Preto-SP
27/07/2025
Deste blog

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Em vasto rio de águas calmas e serenas,
Um barco singra, levando um só a bordo.
Nas brumas tênues, montanhas emergem plenas,
E o céu noturno um véu de mistério acorda.

Lá em cima, a lua, um sol de prata ardente,
Derrama luz dourada em tons de tangerina.
Seu brilho pinta a cena, cálido e envolvente,
Refletido no espelho d'água, que fascina.

Uma árvore solitária, de galhos a estender,
Contempla a cena em silêncio, quase um vulto.
O ar se adensa, um sonho a acontecer,
Nesse remanso onde o tempo é oculto.

Quem rema sabe o destino ou o acaso?
Em busca de quê, sob a luz tão forte e rara?
Em cada traço, um conto, um novo traçado,
De uma jornada na imensidão que não para

Gemini AI
Google
27/07/2025

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"Noite de Lua Inteira"

Remando em silêncio, no espelho do rio,
o homem e a noite se tornam um fio.
No chapéu repousa a calma do tempo,
no coração, um velho lamento.

A lua — tão cheia, tão próxima e viva —
parece escutar a alma cativa.
Surge imensa, dourando o caminho,
como um farol guiando o sozinho.

As árvores sussurram segredos antigos,
as águas guardam seus ecos, seus mitos.
E o barco desliza, sem pressa ou receio,
num mundo que dorme sob o branco anseio.

Montanhas em sombra, a vigiar de longe,
silêncio de templo, de prece, de monge.
O tempo ali pára, respira e observa
o homem que rema, a vida que reserva.

E talvez nem vá — só queira ficar,
onde o luar ensina a não se apressar.
Pois há noites que dizem mais que o dia:
a dor, a paz... e a poesia.

ChatGPT AI
OpenAI
27/07/2025

Espero que tenha gostado da postagem. Seria legal fazer essa atividade mais vezes. Quem sabe?

sexta-feira, 25 de julho de 2025

DIA DO ESCRITOR - NÃO HÁ O QUE COMEMORAR

Hoje é o dia do escritor. Não vejo motivos para comemorar.

Existem escritores que ganham seu salário ao abastecerem os portais de notícias da internet, assim como os que registram ocorrências de diversos crimes praticados contra o seu semelhante. Entretanto, quando se fala na palavra "escritor", o que vem à mente são os autores de livros, contadores de histórias de ficção ou documentários da vida de alguém ou de algum fato. E é sobre esse tipo de escritor que prefiro focar quando digo que não há motivos para se animar. 

Ele tem material para produzir seu livro. E quem escreve há algum tempo sabe o quão solitário e trabalhoso é o processo da produção do conteúdo de um livro. Se os fatos existem ou são inventados, isso pouco interessa no que  diz repeito à organização do conteúdo no momento em que é colocado. 

Horas e horas sentado em frente a uma tela e digitando em um teclado, esperando que o processador da máquina dê conta do recado. A rotina se repete por dias, semanas, até meses e meses. Escrevendo, lendo, relendo, reescrevendo e repetindo todo o ciclo e, depois, tudo outra vez. 

Então, levando-se em conta que a publicação já é certa, que não precisa se preocupar com esse detalhe, o livro estreia para... ninguém. Após todo um trabalho onde a vida se passou ao seu redor, as estações do ano mudaram, pessoas se conheceram, se amaram e procriaram, outras se foram e não voltarão, o livro lançado não é de conhecimento de ninguém. Mesmo que seja, as prioridades de redirecionamento monetário não tornam prioritária sua aquisição.

Ninguém vai morrer de fome porque deixou de comprar um livro. Ainda nesse raciocínio, ninguém vai superar uma doença, nem reinventar a roda, muito menos usufri-lo como fonte de entretenimento, pois muitos são criados para  essa finalidade, cegando-se em relação às tendências de predominância massiva do audiovisual com cada vez mais tecnologia, cores e efeitos, fazendo do telespectador o participante do que decorre à frente de seus olhos.

O livro digital, hoje reconhecido como "ebook", tem como alvo os adoradores da tela. Agora é possível ler Stephen King, ou as poesias de Fernando Pessôa, diretamente na tela. 

Mas, quem quer? 

Os números de leitores estão cada vez mais reduzidos. Algum trabalho é feito para apresentar a leitura às pessoas, mas o feito é perdido diante daqueles que se envaidecem e querem estipular o que consideram boa literatura. A pessoa descobre que aquilo que ela lê é classificada como lixo. Como você se sentiria ao estar no lugar dela?

Os superleitores superotimistas também não ajudam. Eles são repletos de boas intenções, é verdade, mas mostram um mundo que não é para todos, mas, sim, a quem se dedica a esse mundo da escrita. O carisma, o sorriso, a empolgação, o ato (de mostrar tantos títulos chegando) atira para longe a afinidade das pessoas, pois elas não se enxergam ali. A vontade de ler não vem. 

E a vontade é algo muito complicado e difícil de se lidar. Por mais que tentem fórmulas, ações e eventos para estimular nas pessoas vontade de ler alguma coisa, a realidade é que a culpa pode não ser de nenhum dos superleitores, muito menos de quem se gaba pelos livros realmente literários que possui e julga mal os outros, a culpa pode não ser de nada, nem de ninguém, a não ser do próprio indivíduo que não tem, em si, a vontade de ler um livro. 

É complicado. Ao mesmo tempo em que essa baixa literária parece ser responsabilidade de todo mundo, ela pode não ser da conta de ninguém. O tempos são outros. Como lidar com a vontade, ou melhor: a falta da vontade de ler um livro nesses tempos contemporâneos?

Para terminar, coloco um vídeo que fiz hoje, direcionado especialmente a quem deseja se aventurar como escritor(a) iniciante. Se é o seu caso, prezado(a) escritor(a), preste atenção na dica valiosa que eu dou.

Um abraço, até a próxima postagem.


 

quinta-feira, 24 de julho de 2025

CALVIN E HAROLDO - DOC DE COLECIONADOR

Ludy Pereira é um radialista conhecido que mora em Santa Cruz do Sul, que tem feito vídeos (no YouTube) mostrando sua coleção de livros e quadrinhos. O canal que tem o seu nome trata de leituras e livros, já o canal "Calvin & Haroldo Para Sempre" traz postagens do universo de tirinhas criado por Bill Watterson e que até hoje tem fãs pelo mundo inteiro.

O que me chamou a atenção foi o vídeo recente em que Ludy postou sua coleção de Calvin & Haroldo. Ele tem cerca de uma hora de duração e mostra exatamente tudo o que possui do material. Antes de clicar para assistir, cogitei ver apenas metade e deixar a outra metade para mais tarde, só que a maneira como ele conduziu a explanação me deixou confortável, pois, cada livro mostrado teve sua curiosidade, sua devida informação, desenvolvidas espontaneamente, como se conversasse com seu melhor amigo, então foi bem agradável permanecer em sua companhia durante aquela hora inteira.

O video consegue ser tão interessante, repleto de conhecimento sobre o autor e o mercado editorial dessas obras, que resolvi compartilhar aqui, porque é da minha vontade que todo mundo saiba. Se você ainda não conhece os quadrinhos de Calvin & Haroldo, vale muito à pena ver esse vídeo que ele produziu com uma qualidade impressionante. Se você já conhece, vai se sentir em casa, mais do que familiarizado com cada item da coleção e a conversa legal que vai se desenrolando.


Quando se fala de Youtube, é sempre bom lembrar que o gesto de curtir o vídeo e comentar alguma coisa, lá, ajuda a fazer com que o sistema veja que o canal é importante, que o conteúdo tem valor agregado. Isso ajuda ao canal a ser recomendado para mais gente.


Um abraço, até a próxima postagem!

sexta-feira, 18 de julho de 2025

TORNOZELEIRA NELE!

Ontem, antes de ir dormir, escrevi um desabafo na guia comunidade do meu canal de conversas no YouTube, porque me encheu o saco ver matérias em torno de Bolsonaro, querendo vitimizá-lo. Bolsonaro pode ser tudo, conseguiu ser até presidente do país, mas vítima ele não é.

O curioso foi que acordei hoje e tive a surpresa de saber que ele recebeu a visita da polícia federal e ganhou uma tornozeleira eletrônica. Claro que me lembrei do texto de ontem. Se eu fosse um famoso, iria "me achar", convicto de que teria, o texto, algo a ver com isso. Mas sou uma poeirinha desconhecida, praticamente inexistente naquela plataforma, então esse gostinho não posso me dar.

O que eu penso, na verdade, é que posso ter captado esse negócio antes de acontecer.

A seguir, a reprodução do texto que escrevi. E, sim, ainda creio que Bolsonaro tornar-se-á elegível para 2026.

E DAÍ?

Bolsonaro é visto abatido e chorando...

Tá com chorinho, é? Tá com medinho? E daí? 

Não é mais presidente. Não é  mais nada. 

Por que agora não pega a merda da moto e sai fazendo motociata? Foi só na época em que estavam morrendo centenas de pessoas todo dia, que lhe batia a valentia? 

E daí, né? Você dizia. 

Pois é.  Agora eu que falo: E daí?

E daí,  meu caro? E daí?

E não quero a esquerdalha vindo babar ovo, não. Curte o post só quem não é cadelinha de político nenhum. Essa cambada de ratos.

E esse sistema é tão besta que tudo leva a crer que ele será mesmo candidato. Tô só vendo aonde isso vai dar. Tem muito teatro nisso daí. Um grande teatro. O cara não tem sequer uma tornozeleira. Sequer um fiscal para monitorar seus caminhos pela rua. Se ele ir visitar a Argentina, em algum dia, acabou. Ninguém o pega mais. Ele ainda não fugiu porque não quis. 

E correr o risco de perder as mordomias do nosso sistema? Jamais, né? É tão bom chorar com a conta cheia de grana.

"Dinheiro não traz felicidade"

Verdade, mas é tão bom reclamar da vida de bolso cheio e com poder, né?

terça-feira, 15 de julho de 2025

75 ANOS DA REVISTA DO PATO DONALD

Neste mês de Julho, comemoram-se os 75 anos de publicação da revista em quadrinhos (também chamada de "gibi") do Pato Donald. O primeiro exemplar foi em 12 de Julho de 1950, pela editora Abril, onde permaneceu até o final da empresa, com a última edição, n° 2481, referindo-se ao mês de Junho de 2018. A Culturama assumiu a publicação dos gibis Disney, logo no começo de 2019, mantendo o título do pato, mas reiniciando sua numeração, começando pelo número 0 em Março. Porém, na página de expediente, constam o número da edição pela Culturama e o número real da continuidade: 2482. Acredito que até hoje seja assim, o que considero muito bom.

"O Pato Donald" já foi quinzenal, semanal, mensal, começou com um formato imenso, mudou para o antigo formatinho, migrou para o formartinho conhecido e mantido até hoje, tirou a letra inicial "O" do título, também variou muito quanto ao número de páginas, terminando com 52, na Abril (um padrão consolidado há muitos anos) e recomeçando com 68, pela Culturama.

A primeira edição, em 1950, já começa com o fato curioso de o pato estar com Zé Carioca, sendo que, atualmente, os universos são distintos. O gibizão tem quarenta páginas e abre com a história clássica "O Segredo Do Castelo", de Carl Barks, o desenhista e roteirista mais prestigiado de todos os tempos, no universo dos patos disneyanos.

Preparei com carinho um vídeo que mostra todas as páginas da revista. Para assistir, clique aqui

Fontes de pesquisa:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pato_Donald_(revista_em_quadrinhos)

http://www.guiadosquadrinhos.com/edicao/pato-donald-o-n-1/ptd0031/14324

http://www.guiadosquadrinhos.com/edicao/pato-donald-o-n-2481/ptd0031/139906

http://www.guiadosquadrinhos.com/edicao/pato-donald-n-1/pa19211/145467

quarta-feira, 9 de julho de 2025

THE MOUSE TRAP - O PODRÃO DO MICKEY

Dias desses, estava procurando filmes no You Tube e dei de cara com uma produção trasheira do Mickey, intitulada "The Mouse Trap".

Sério?!

É. O que acontece é que a versão do Mickey de 1928 está em domínio público. Isso quer dizer que o personagem pode ser utilizado sem pedir autorização à Disney, o que dá margem para a criatividade correr solta, principalmente a provocativa.

"The Mouse Trap" é um filme de 2024 no estilo slasher (matança estúpida). No começo, a produção já deixa bem claro que a Disney não tem nada a ver, que é uma equipe independente e blá-blá-blá. Depois de tudo esclarecido, a história começa mostrando um cenário diverttido para jovens e bastante cansativo para as funcionárias exaustas que queriam ir embora, mas, um pouco antes do final de expediente, vem o patrão informar que precisarão ficar mais algumas horas, por causa de uma turma que alugou o espaço para uma festinha. A contragosto, elas ficam. Na verdade, só uma acaba ficando. A outra dá um jeito de se ausentar, na maior malandragem. A turma que alugou o espaço chega e a trama vai deslanchando.

Para minha surpresa, a imagem do filme apareceu muito boa para mim. A dublagem, idem, só que há muitos palavrões, então digo logo para que tirem as crianças de perto, pois muitas palavras cabeludas são pronunciadas sem poupar a quem vê. Eu gostei, achei interessante (por se tratar do Mickey), pois o gênero trash/slasher costuma ter meu apreço. É claro que o Mickey é um homem vestido com uma fantasia. Poderiam ter trabalhado um pouco isso, para o entendimento melhor (ao telespectador) acerca do personagem, como foi com a trasheira do Ursinho Pooh, por exemplo, onde ficou claro que o personagem era o resultado de uma experiência genética mal-sucedida, por isso foi abandonado no bosque, assim como seus amigos. Mas isso, quem sabe, talvez eu comente em um outro post -- ou não.

Clique aqui para ver o filme no YT

segunda-feira, 7 de julho de 2025

OS BARBADOS


O primeiro Mickey, de 1928, está em domínio público. Note que ele é preto e branco, usa o shortinho e não tem luvas. Qualquer pessoa pode usar livremente essa versão, sem precisar de autorização. Isso deu margem a um filme que descobri recentemente, bem trash, onde o Mickey mata uma porção de gente. Mas prometo falar nisso em outro post.

domingo, 6 de julho de 2025

POR QUE ADERI AO DOMÍNIO PRÓPRIO?

Ao anunciar, no final da postagem da festa junina, que este blog agora tem domínio próprio, um amigo querido, blogueiro, excelente escritor e profissional da educação (que inspira atenção dos governantes) me perguntou sobre a vantagem de ter um domínio próprio.

Não faz muito tempo, ele me encaminhou uma notícia de um site informativo cujo nome era bem parecido ao que mantém há muito anos em seu blog. Parecido não é igual. Ainda bem, pois, se fosse, não poderia fazer nada a respeito, se quisesse. Certamente, o site jornalístico tem o domínio registrado. Já o amigo, apesar de usar seu blog desde muito antes, correria o risco de ter que mudar. 

O domínio próprio garante que o título seja seu. 

Ainda nessa hipótese, a possibilidade de haver algum conflito, se os nomes fossem iguais, é quase nula, pois acredito que nenhum dos dois lados esquentaria a cabeça com isso, vez que um site seria, por exemplo, "marreta.com.br", e o outro, "marreta.blogspot.com". Ambos conviveriam 'de boa', mas qual  você acha que ganharia um olhar mais respeitoso, em qual você acha que um leitor daria maior credibilidade imediata? Não tenha dúvidas de que seria o "marreta.com.br". 

Não estou dizendo que o outro não teria respeito nem credibilidade, estou me referindo ao imediatismo de um leitor que se depararia com os dois links para clicar e conhecer. A possibilidade de clicar no "com.br" é maior. Depois, ele poderia visitar, sim, o outro e até gostar mais dele, poderia xingar o anterior e dizer que não passa de midiazinha elitizada, comprada etc. Mas, veja que, até isso ocorrer, o internauta viu primeiro o que não gostou e, para preferir o outro, teve que ver os dois. Nem sempre o cidadão verá os dois. Ele tende a priorizar o que mais atrai.

É como você ver uma pessoa bonita e uma feia. Não, você não quer namorar. Você está livre 'na pista' e deseja apenas um momento gostoso. Vai querer quem? A pessoa que acha bonita ou a feia? Muitas vezes, a feia pode ser bem mais interessante e ter a tal pegada que a bonita jamais teria, mas você só está com fome, então o bife mais vistoso lhe parece mais apetitoso. Se me disser que não, está mentindo, seu sangue de morcego!

Será que consegui explicar? Não sou bom para essas coisas. A vantagem, se podemos dizer assim, está em mexer com a pessoa, no sentido de você ser olhado com um pouco mais de credibilidade. Você mesmo, prezado escritor que tem seu blog há anos com um conteúdo ímpar à machosfera, espanta-me você não ter seu próprio domínio, pois ele simboliza um carinho a mais para o seu blog, mostrando que você dá total importância ao que coloca nele. Eu sei que não precisa mostrar nada a ninguém, mas é algo que, na Internet, soa automático aos demais: o carinho, o zelo, a importância que você promove ao seu espaço, ao próprio conteúdo. Não considera importante botar uma roupa adequada para passar o dia no trabalho e transitar aonde quiser, sem problemas? Então. Não é salutar escovar os dentes, passar um desodorante no calor de nossa Black River, que não é fácil? É a mesma coisa. 

Com o domínio "blogspot.com", eu seria a mulher que apareceria com a roupa inadequada na missa e atrairia olhares distintos, ainda que eu não fosse 'uma dessas'. Com "com.br", eu sou a senhora que sabe como se vestir para uma missa, ainda que depois eu vá brincar com os cavalões de meu carrossel. Captou?

É só um detalhezinho bobo, mas é bom para quem preza pelo que produz.

No meu caso, eu uso blog desde, sei lá, 2007 ou algo parecido, até hoje há quem se lembre do antigo Socializando: um blog que eu mantinha na brincadeira -- nunca o levei a sério, apesar de ter me consumido horas em muitas postagens, pois sou do tipo que, já que vai fazer, que faça bem feito. Mesmo o Socializando nunca ter tido domínio próprio, há quem se refira a ele com carinho. Hoje penso que, se eu tivesse dado um domínio próprio a ele naquela época, talvez meu alcance teria sido maior. Eu me recordo que algumas pessoas me reconheceram, assim que botei os pés na primeira Comic Com realizada em Santos, no ano de 2013. Levei um susto e fiquei na defensiva, pois jamais estava preparado para aquilo -- achei seria mais um anônimo entre tantos. Foram poucos os que me "enxergaram", na verdade, mas fiquei feliz. Talvez teriam sido mais, se eu tivesse levado o blog a sério naquela época. Talvez eu tenha jogado fora uma chance de ter crescido mais. E não foi a primeria vez que desperdicei uma oportunidade.

Antigamente, eu postava na Internet como uma pessoa que estava experimentando as coisas, um tanto curiosa, ingênua, um iniciante que não se considerava bom o bastante e queria ver, explorar, observar, aprender... Acho que a isso se atribui a alcunha de neófito, talvez -- uma espécie de observador e aprendiz ao mesmo tempo. O tempo passou, eu vi muita coisa (digamos, fora do meu apreço) considerada profissional ou de alto talento. Algumas me deixavam pasmo. Eu me perguntava: "Mas, como?! Isso é ruim pra kharáleo!". Um dia, sei lá quando, caiu minha ficha. Demorou! Talvez tenha caído tarde demais. Hoje eu sei que, em comparação a muitos por aí, eu sou um dos melhores. Mas, e daí? Eu sou uma pessoa desprezível, nao sei manter conchavos, nem assumir certos compromissos. Então o jeito é seguir vivendo um dia de cada vez, do jeito que for possível. 

Espero ter esclarecido sobre a importância do domínio próprio. Custa baratíssimo no Registro.br. Mas já alerto que configurá-lo não é nada fácil. 

Um abraço, até o próximo post, que será de quadrinhos.


quarta-feira, 2 de julho de 2025

POÉTICO - A BOLA DO MEU SACO

A bola do meu saco vive oculta.
Quanto estou pelado,
Ela está peluda.

A bola do meu saco é danada.
Quando é estimulada, 
Solta cusparada.

A bola do meu saco me permite amar,
Estruturar a minha vida,
Para um outro de mim cuidar.

A bola do meu saco me traz emoções,
Que são materializadas depois,
Em minhas novas versões,

A bola do meu saco não me define ao todo.
Eu sou muito mais, sou uma pessoa,
E meu sentimento de amor não é à toa.

A DIABA, A GATA E A MENSAGEM

Eveline Passos Rodrigues teria entrado para o mundo do crime após ser vítima de uma tentativa de feminicídio, assim diz o começo de uma maté...