segunda-feira, 4 de agosto de 2025

ESSENCIALMENTE, À BEIRA-MAR



O fim de uma tarde à beira da praia pode ser emocionante. Daqueles dias em que até o Sol, nosso Astro-Rei, se manifesta a nosso favor nos proporcionando na medida certa seu calor que não castiga a pele e ainda permite gozar da brisa fresca do mar. 

Era um entardecer poético para Clarice. Ela caminhou com Charles, uns bons metros, até chegarem àquele local: uma parte sem movimento, onde algumas pessoas passavam aqui, acolá, não tão próximas. 

Charles foi quem teve a iniciativa de parar naquele ponto, sem nenhum motivo aparente. As mãos estavam dadas e ele simplesmente olhou para a areia em seus pés e parou. Clarice sentiu a súbita imobilidade pela mão dele segurando a sua, então também parou.

As mãos se soltaram, embora Charles ainda segurasse as próprias sandálias enquanto observava alguma coisa na areia. Eram resquícios. 

Ele se agachou e, ignorando um pouco da brisa refrescante, após analisar o que estava perto de seus pés, olhou para cima, em direção ao rosto delicado de sua amada, e perguntou:

-- Você consegue ver esse amontoado de coisinhas aqui?

-- Parece um amontoado de conchinhas. Algumas são bem pequeninas.

-- Exato. E você sabe o que elas têm em comum conosco?

Clarice franziu o cenho, até se pôs a pensar, mas se rendeu ao que ele tinha a explicar:

-- Essas conchas são a prova cabal da existência de alguém.

-- Você falando assim, Charles, até pareceu se tratar de alguma pessoa.

-- Em relação a uma pessoa, cada uma dessas conchas seria como o esqueleto de um ser humano. Já pensou? A gente estaria se deparando com um cemitério. 

Ele riu. Aquela risada breve de um segundo, como quem achou graça no que acabou de expor. Clarice, porém, não achou a menor graça. Queria saber aonde ele iria chegar com tal história.

-- Você, Clarice -- Charles falou, após contemplar um pouco mais aqueles fragmentos aparentemente tão insignificantes e inofensivos. -- Você nasceu criança. Deve ter sido mimada e birrenta em toda a adolescência, para o desespero de sua mãe.

-- Ah, pronto! E você já deve ter saído entorpecido de dentro da sua, com uma vontade louca de beber, só que não o leite marterno, talvez um corotinho de pinga no bar mais próximo da maternidade.

Ele riu, voltou a olhar para as conchinhas, então falou:

-- Aí você foi crescendo, se desenvolvendo, seu corpo todo foi mudando, se fortalecendo, certo?

-- E daí?

-- E daí... -- ele se levantou e fixou seu olhar aos olhos dela, um tanto impacientes pelo término do que ela já considerava uma palestra. -- Você se transformou nessa mulher linda e gostosa que é. -- Os braços foram se envolvendo com cautela ao corpo dela. -- E vai ficar comigo a vida inteira. E quando você ir, minha cara, o que é que vai restar? O seu esqueleto. Ele é a testificação da sua existência.

-- Até virar pó -- ela disse, sentindo o hálito quente dele fazendo com que sua própria boca ficasse seca diante daquela face máscula agora tão perto e vislumbrando além de seus belos globos oculares.

Charles não se cansava de admirar aquela beleza venusiana, agora acarinhada pelas suas mãos. As duas, pois as sandálias ficaram no chão.

-- Essas conchas, sabe, elas um dia foram o habitat, a espinha dorsal, a base da vida de alguém. Eu me refiro a um tipo de molusco, é claro, mas é um ser vivo que talvez tenha tido alguma importância no universo em que viveu. Quem é que sabe dos segredos da vida no mar? Esses seres tiveram sua existência e agora se resumem a isto aqui: meras carcaças de cálcio que vão se desfazendo aos poucos, entregues à ação da natureza, decompondo-se, integrando-se a essa areia. 

Clarice permaneceu em silêncio. Os olhos dele penetraram o avesso dela ao dizer: 

-- E assim é a nossa vida, bebê. Só que eu acho o nosso universo, como seres humanos, tão mais interessante. Podemos fazer tantas coisas, desfrutar do mundo inteiro. 

Charles sorriu em meio ao súbito silêncio onde o barulho das águas era música para a alma. 

Clarice tomou a iniciativa de envolver seus braços aos ombros dele, com delicadeza, mostrando sua receptividade em relação a algo mais que ele desejava lhe dar. 

Os lábios se uniram. A brisa refrescante regulava o calor da atratividade corporal. Eles foram se tocando, se acariciando, se sentindo... de acordo como o momento fluía. 

Ele, apenas de bermuda. Ela, um vestido florido. 

Suas vestes não foram empecilho. 

Ela pegou a carne dele e a introduziu dentro da sua. 

Os corpos ficaram literalmente ligados e eles se entregaram àquela vontade mútua.



Levei cerca de três dias para fazer este conto. Eu mesmo, sem nenhum tipo de IA. A inteligência artificial está nas imagens (é claro!) que o Ideogram fez, de acordo com o que pedi (configurei). As imagens dele vieram primeiro, a inspiração do conto surgiu a seguir, depois vieram as imagens dela. Clarice e Charles: nomes que escolhi em homenagem ao mercado literário.

terça-feira, 29 de julho de 2025

POESIA COLETIVA

Como uma imagem consegue mexer com o interior das pessoas. A seguir, a expressividade de alguns amigos que aceitaram colaborar -- também de algumas IAs.


O barco segue seu rumo.
A correnteza o leva.
Eu sigo junto.
Sem saber o rumo final.
Deixo que o rio me leve.
A lua está cheia.
Uma bola alaranjada,
ainda iluminada pelo sol poente.
Aos poucos a noite virá.
Mas não será escura.
A luz da lua ainda estará refetindo
nas águas escuras deste rio
que parece não ter fim.
O barco segue seu rumo.
e com ele, a lua a nos guiar,
sigo eu.
Para onde?
Hoje nada importa.
O que importa é seguir
até que, quem sabe,
um novo dia amanheça.

Duda Neutzling
Florianópolis/SC
27/07/2025
18:53

Seguir além
 
Seguir além é
Preciso
Imperativo
 
Olhar pra frente é
Necessário
Revolucionário
 
Não importa sequer
Situação
Condição
 
Ninguém desvia o
Rio de
Seu curso
 
Não importando
o tempo
nem o vento
 
Além do horizonte
Há futuro mesmo
Que impere a solidão
 
O importante
É seguir
Sempre além

CatiahôAlc.
27/07/2025
20:59

BARCO NA ÁGUA

Sou como o pequeno barco
Silencioso e pacato 
Experimentando o molhado
Da água calma que tem me banhado

Revigorando os meus dias
Criando as expectativas
Avançando na vida

Fera alimentada ou ferida?
Vai depender da questão resolvida
Realização ou frustração?
Dois caminhos, uma decisão

Como vai conduzir seu barco?
Com alegria, força, fé, o eu motivado?
Ou com tristeza, fraqueza, um certo desamparo?

Algo está à sua espera, mais à frente
Um evento importante?
Quem sabe, uma festa cheia de gente?
Talvez a calmaria lhe seja mais interessante

A água que acolhe meu pequeno barco
É a mesma por onde você tem passado
Mas o que temos dela é diferenciado

Ela me oferece, favorece
O que tenho de ir buscar
Ela é o caminho, não apenas uma trajetória 
Nela eu sigo e vivo e logo viro memória

Fabiano Caldeira
Ribeirão Preto-SP
27/07/2025
Deste blog

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Em vasto rio de águas calmas e serenas,
Um barco singra, levando um só a bordo.
Nas brumas tênues, montanhas emergem plenas,
E o céu noturno um véu de mistério acorda.

Lá em cima, a lua, um sol de prata ardente,
Derrama luz dourada em tons de tangerina.
Seu brilho pinta a cena, cálido e envolvente,
Refletido no espelho d'água, que fascina.

Uma árvore solitária, de galhos a estender,
Contempla a cena em silêncio, quase um vulto.
O ar se adensa, um sonho a acontecer,
Nesse remanso onde o tempo é oculto.

Quem rema sabe o destino ou o acaso?
Em busca de quê, sob a luz tão forte e rara?
Em cada traço, um conto, um novo traçado,
De uma jornada na imensidão que não para

Gemini AI
Google
27/07/2025

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"Noite de Lua Inteira"

Remando em silêncio, no espelho do rio,
o homem e a noite se tornam um fio.
No chapéu repousa a calma do tempo,
no coração, um velho lamento.

A lua — tão cheia, tão próxima e viva —
parece escutar a alma cativa.
Surge imensa, dourando o caminho,
como um farol guiando o sozinho.

As árvores sussurram segredos antigos,
as águas guardam seus ecos, seus mitos.
E o barco desliza, sem pressa ou receio,
num mundo que dorme sob o branco anseio.

Montanhas em sombra, a vigiar de longe,
silêncio de templo, de prece, de monge.
O tempo ali pára, respira e observa
o homem que rema, a vida que reserva.

E talvez nem vá — só queira ficar,
onde o luar ensina a não se apressar.
Pois há noites que dizem mais que o dia:
a dor, a paz... e a poesia.

ChatGPT AI
OpenAI
27/07/2025

Espero que tenha gostado da postagem. Seria legal fazer essa atividade mais vezes. Quem sabe?

sexta-feira, 25 de julho de 2025

DIA DO ESCRITOR - NÃO HÁ O QUE COMEMORAR

Hoje é o dia do escritor. Não vejo motivos para comemorar.

Existem escritores que ganham seu salário ao abastecerem os portais de notícias da internet, assim como os que registram ocorrências de diversos crimes praticados contra o seu semelhante. Entretanto, quando se fala na palavra "escritor", o que vem à mente são os autores de livros, contadores de histórias de ficção ou documentários da vida de alguém ou de algum fato. E é sobre esse tipo de escritor que prefiro focar quando digo que não há motivos para se animar. 

Ele tem material para produzir seu livro. E quem escreve há algum tempo sabe o quão solitário e trabalhoso é o processo da produção do conteúdo de um livro. Se os fatos existem ou são inventados, isso pouco interessa no que  diz repeito à organização do conteúdo no momento em que é colocado. 

Horas e horas sentado em frente a uma tela e digitando em um teclado, esperando que o processador da máquina dê conta do recado. A rotina se repete por dias, semanas, até meses e meses. Escrevendo, lendo, relendo, reescrevendo e repetindo todo o ciclo e, depois, tudo outra vez. 

Então, levando-se em conta que a publicação já é certa, que não precisa se preocupar com esse detalhe, o livro estreia para... ninguém. Após todo um trabalho onde a vida se passou ao seu redor, as estações do ano mudaram, pessoas se conheceram, se amaram e procriaram, outras se foram e não voltarão, o livro lançado não é de conhecimento de ninguém. Mesmo que seja, as prioridades de redirecionamento monetário não tornam prioritária sua aquisição.

Ninguém vai morrer de fome porque deixou de comprar um livro. Ainda nesse raciocínio, ninguém vai superar uma doença, nem reinventar a roda, muito menos usufri-lo como fonte de entretenimento, pois muitos são criados para  essa finalidade, cegando-se em relação às tendências de predominância massiva do audiovisual com cada vez mais tecnologia, cores e efeitos, fazendo do telespectador o participante do que decorre à frente de seus olhos.

O livro digital, hoje reconhecido como "ebook", tem como alvo os adoradores da tela. Agora é possível ler Stephen King, ou as poesias de Fernando Pessôa, diretamente na tela. 

Mas, quem quer? 

Os números de leitores estão cada vez mais reduzidos. Algum trabalho é feito para apresentar a leitura às pessoas, mas o feito é perdido diante daqueles que se envaidecem e querem estipular o que consideram boa literatura. A pessoa descobre que aquilo que ela lê é classificada como lixo. Como você se sentiria ao estar no lugar dela?

Os superleitores superotimistas também não ajudam. Eles são repletos de boas intenções, é verdade, mas mostram um mundo que não é para todos, mas, sim, a quem se dedica a esse mundo da escrita. O carisma, o sorriso, a empolgação, o ato (de mostrar tantos títulos chegando) atira para longe a afinidade das pessoas, pois elas não se enxergam ali. A vontade de ler não vem. 

E a vontade é algo muito complicado e difícil de se lidar. Por mais que tentem fórmulas, ações e eventos para estimular nas pessoas vontade de ler alguma coisa, a realidade é que a culpa pode não ser de nenhum dos superleitores, muito menos de quem se gaba pelos livros realmente literários que possui e julga mal os outros, a culpa pode não ser de nada, nem de ninguém, a não ser do próprio indivíduo que não tem, em si, a vontade de ler um livro. 

É complicado. Ao mesmo tempo em que essa baixa literária parece ser responsabilidade de todo mundo, ela pode não ser da conta de ninguém. O tempos são outros. Como lidar com a vontade, ou melhor: a falta da vontade de ler um livro nesses tempos contemporâneos?

Para terminar, coloco um vídeo que fiz hoje, direcionado especialmente a quem deseja se aventurar como escritor(a) iniciante. Se é o seu caso, prezado(a) escritor(a), preste atenção na dica valiosa que eu dou.

Um abraço, até a próxima postagem.


 

quinta-feira, 24 de julho de 2025

CALVIN E HAROLDO - DOC DE COLECIONADOR

Ludy Pereira é um radialista conhecido que mora em Santa Cruz do Sul, que tem feito vídeos (no YouTube) mostrando sua coleção de livros e quadrinhos. O canal que tem o seu nome trata de leituras e livros, já o canal "Calvin & Haroldo Para Sempre" traz postagens do universo de tirinhas criado por Bill Watterson e que até hoje tem fãs pelo mundo inteiro.

O que me chamou a atenção foi o vídeo recente em que Ludy postou sua coleção de Calvin & Haroldo. Ele tem cerca de uma hora de duração e mostra exatamente tudo o que possui do material. Antes de clicar para assistir, cogitei ver apenas metade e deixar a outra metade para mais tarde, só que a maneira como ele conduziu a explanação me deixou confortável, pois, cada livro mostrado teve sua curiosidade, sua devida informação, desenvolvidas espontaneamente, como se conversasse com seu melhor amigo, então foi bem agradável permanecer em sua companhia durante aquela hora inteira.

O video consegue ser tão interessante, repleto de conhecimento sobre o autor e o mercado editorial dessas obras, que resolvi compartilhar aqui, porque é da minha vontade que todo mundo saiba. Se você ainda não conhece os quadrinhos de Calvin & Haroldo, vale muito à pena ver esse vídeo que ele produziu com uma qualidade impressionante. Se você já conhece, vai se sentir em casa, mais do que familiarizado com cada item da coleção e a conversa legal que vai se desenrolando.


Quando se fala de Youtube, é sempre bom lembrar que o gesto de curtir o vídeo e comentar alguma coisa, lá, ajuda a fazer com que o sistema veja que o canal é importante, que o conteúdo tem valor agregado. Isso ajuda ao canal a ser recomendado para mais gente.


Um abraço, até a próxima postagem!

sexta-feira, 18 de julho de 2025

TORNOZELEIRA NELE!

Ontem, antes de ir dormir, escrevi um desabafo na guia comunidade do meu canal de conversas no YouTube, porque me encheu o saco ver matérias em torno de Bolsonaro, querendo vitimizá-lo. Bolsonaro pode ser tudo, conseguiu ser até presidente do país, mas vítima ele não é.

O curioso foi que acordei hoje e tive a surpresa de saber que ele recebeu a visita da polícia federal e ganhou uma tornozeleira eletrônica. Claro que me lembrei do texto de ontem. Se eu fosse um famoso, iria "me achar", convicto de que teria, o texto, algo a ver com isso. Mas sou uma poeirinha desconhecida, praticamente inexistente naquela plataforma, então esse gostinho não posso me dar.

O que eu penso, na verdade, é que posso ter captado esse negócio antes de acontecer.

A seguir, a reprodução do texto que escrevi. E, sim, ainda creio que Bolsonaro tornar-se-á elegível para 2026.

E DAÍ?

Bolsonaro é visto abatido e chorando...

Tá com chorinho, é? Tá com medinho? E daí? 

Não é mais presidente. Não é  mais nada. 

Por que agora não pega a merda da moto e sai fazendo motociata? Foi só na época em que estavam morrendo centenas de pessoas todo dia, que lhe batia a valentia? 

E daí, né? Você dizia. 

Pois é.  Agora eu que falo: E daí?

E daí,  meu caro? E daí?

E não quero a esquerdalha vindo babar ovo, não. Curte o post só quem não é cadelinha de político nenhum. Essa cambada de ratos.

E esse sistema é tão besta que tudo leva a crer que ele será mesmo candidato. Tô só vendo aonde isso vai dar. Tem muito teatro nisso daí. Um grande teatro. O cara não tem sequer uma tornozeleira. Sequer um fiscal para monitorar seus caminhos pela rua. Se ele ir visitar a Argentina, em algum dia, acabou. Ninguém o pega mais. Ele ainda não fugiu porque não quis. 

E correr o risco de perder as mordomias do nosso sistema? Jamais, né? É tão bom chorar com a conta cheia de grana.

"Dinheiro não traz felicidade"

Verdade, mas é tão bom reclamar da vida de bolso cheio e com poder, né?

terça-feira, 15 de julho de 2025

75 ANOS DA REVISTA DO PATO DONALD

Neste mês de Julho, comemoram-se os 75 anos de publicação da revista em quadrinhos (também chamada de "gibi") do Pato Donald. O primeiro exemplar foi em 12 de Julho de 1950, pela editora Abril, onde permaneceu até o final da empresa, com a última edição, n° 2481, referindo-se ao mês de Junho de 2018. A Culturama assumiu a publicação dos gibis Disney, logo no começo de 2019, mantendo o título do pato, mas reiniciando sua numeração, começando pelo número 0 em Março. Porém, na página de expediente, constam o número da edição pela Culturama e o número real da continuidade: 2482. Acredito que até hoje seja assim, o que considero muito bom.

"O Pato Donald" já foi quinzenal, semanal, mensal, começou com um formato imenso, mudou para o antigo formatinho, migrou para o formartinho conhecido e mantido até hoje, tirou a letra inicial "O" do título, também variou muito quanto ao número de páginas, terminando com 52, na Abril (um padrão consolidado há muitos anos) e recomeçando com 68, pela Culturama.

A primeira edição, em 1950, já começa com o fato curioso de o pato estar com Zé Carioca, sendo que, atualmente, os universos são distintos. O gibizão tem quarenta páginas e abre com a história clássica "O Segredo Do Castelo", de Carl Barks, o desenhista e roteirista mais prestigiado de todos os tempos, no universo dos patos disneyanos.

Preparei com carinho um vídeo que mostra todas as páginas da revista. Para assistir, clique aqui

Fontes de pesquisa:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pato_Donald_(revista_em_quadrinhos)

http://www.guiadosquadrinhos.com/edicao/pato-donald-o-n-1/ptd0031/14324

http://www.guiadosquadrinhos.com/edicao/pato-donald-o-n-2481/ptd0031/139906

http://www.guiadosquadrinhos.com/edicao/pato-donald-n-1/pa19211/145467

quarta-feira, 9 de julho de 2025

THE MOUSE TRAP - O PODRÃO DO MICKEY

Dias desses, estava procurando filmes no You Tube e dei de cara com uma produção trasheira do Mickey, intitulada "The Mouse Trap".

Sério?!

É. O que acontece é que a versão do Mickey de 1928 está em domínio público. Isso quer dizer que o personagem pode ser utilizado sem pedir autorização à Disney, o que dá margem para a criatividade correr solta, principalmente a provocativa.

"The Mouse Trap" é um filme de 2024 no estilo slasher (matança estúpida). No começo, a produção já deixa bem claro que a Disney não tem nada a ver, que é uma equipe independente e blá-blá-blá. Depois de tudo esclarecido, a história começa mostrando um cenário diverttido para jovens e bastante cansativo para as funcionárias exaustas que queriam ir embora, mas, um pouco antes do final de expediente, vem o patrão informar que precisarão ficar mais algumas horas, por causa de uma turma que alugou o espaço para uma festinha. A contragosto, elas ficam. Na verdade, só uma acaba ficando. A outra dá um jeito de se ausentar, na maior malandragem. A turma que alugou o espaço chega e a trama vai deslanchando.

Para minha surpresa, a imagem do filme apareceu muito boa para mim. A dublagem, idem, só que há muitos palavrões, então digo logo para que tirem as crianças de perto, pois muitas palavras cabeludas são pronunciadas sem poupar a quem vê. Eu gostei, achei interessante (por se tratar do Mickey), pois o gênero trash/slasher costuma ter meu apreço. É claro que o Mickey é um homem vestido com uma fantasia. Poderiam ter trabalhado um pouco isso, para o entendimento melhor (ao telespectador) acerca do personagem, como foi com a trasheira do Ursinho Pooh, por exemplo, onde ficou claro que o personagem era o resultado de uma experiência genética mal-sucedida, por isso foi abandonado no bosque, assim como seus amigos. Mas isso, quem sabe, talvez eu comente em um outro post -- ou não.

Clique aqui para ver o filme no YT

segunda-feira, 7 de julho de 2025

OS BARBADOS


O primeiro Mickey, de 1928, está em domínio público. Note que ele é preto e branco, usa o shortinho e não tem luvas. Qualquer pessoa pode usar livremente essa versão, sem precisar de autorização. Isso deu margem a um filme que descobri recentemente, bem trash, onde o Mickey mata uma porção de gente. Mas prometo falar nisso em outro post.

domingo, 6 de julho de 2025

POR QUE ADERI AO DOMÍNIO PRÓPRIO?

Ao anunciar, no final da postagem da festa junina, que este blog agora tem domínio próprio, um amigo querido, blogueiro, excelente escritor e profissional da educação (que inspira atenção dos governantes) me perguntou sobre a vantagem de ter um domínio próprio.

Não faz muito tempo, ele me encaminhou uma notícia de um site informativo cujo nome era bem parecido ao que mantém há muito anos em seu blog. Parecido não é igual. Ainda bem, pois, se fosse, não poderia fazer nada a respeito, se quisesse. Certamente, o site jornalístico tem o domínio registrado. Já o amigo, apesar de usar seu blog desde muito antes, correria o risco de ter que mudar. 

O domínio próprio garante que o título seja seu. 

Ainda nessa hipótese, a possibilidade de haver algum conflito, se os nomes fossem iguais, é quase nula, pois acredito que nenhum dos dois lados esquentaria a cabeça com isso, vez que um site seria, por exemplo, "marreta.com.br", e o outro, "marreta.blogspot.com". Ambos conviveriam 'de boa', mas qual  você acha que ganharia um olhar mais respeitoso, em qual você acha que um leitor daria maior credibilidade imediata? Não tenha dúvidas de que seria o "marreta.com.br". 

Não estou dizendo que o outro não teria respeito nem credibilidade, estou me referindo ao imediatismo de um leitor que se depararia com os dois links para clicar e conhecer. A possibilidade de clicar no "com.br" é maior. Depois, ele poderia visitar, sim, o outro e até gostar mais dele, poderia xingar o anterior e dizer que não passa de midiazinha elitizada, comprada etc. Mas, veja que, até isso ocorrer, o internauta viu primeiro o que não gostou e, para preferir o outro, teve que ver os dois. Nem sempre o cidadão verá os dois. Ele tende a priorizar o que mais atrai.

É como você ver uma pessoa bonita e uma feia. Não, você não quer namorar. Você está livre 'na pista' e deseja apenas um momento gostoso. Vai querer quem? A pessoa que acha bonita ou a feia? Muitas vezes, a feia pode ser bem mais interessante e ter a tal pegada que a bonita jamais teria, mas você só está com fome, então o bife mais vistoso lhe parece mais apetitoso. Se me disser que não, está mentindo, seu sangue de morcego!

Será que consegui explicar? Não sou bom para essas coisas. A vantagem, se podemos dizer assim, está em mexer com a pessoa, no sentido de você ser olhado com um pouco mais de credibilidade. Você mesmo, prezado escritor que tem seu blog há anos com um conteúdo ímpar à machosfera, espanta-me você não ter seu próprio domínio, pois ele simboliza um carinho a mais para o seu blog, mostrando que você dá total importância ao que coloca nele. Eu sei que não precisa mostrar nada a ninguém, mas é algo que, na Internet, soa automático aos demais: o carinho, o zelo, a importância que você promove ao seu espaço, ao próprio conteúdo. Não considera importante botar uma roupa adequada para passar o dia no trabalho e transitar aonde quiser, sem problemas? Então. Não é salutar escovar os dentes, passar um desodorante no calor de nossa Black River, que não é fácil? É a mesma coisa. 

Com o domínio "blogspot.com", eu seria a mulher que apareceria com a roupa inadequada na missa e atrairia olhares distintos, ainda que eu não fosse 'uma dessas'. Com "com.br", eu sou a senhora que sabe como se vestir para uma missa, ainda que depois eu vá brincar com os cavalões de meu carrossel. Captou?

É só um detalhezinho bobo, mas é bom para quem preza pelo que produz.

No meu caso, eu uso blog desde, sei lá, 2007 ou algo parecido, até hoje há quem se lembre do antigo Socializando: um blog que eu mantinha na brincadeira -- nunca o levei a sério, apesar de ter me consumido horas em muitas postagens, pois sou do tipo que, já que vai fazer, que faça bem feito. Mesmo o Socializando nunca ter tido domínio próprio, há quem se refira a ele com carinho. Hoje penso que, se eu tivesse dado um domínio próprio a ele naquela época, talvez meu alcance teria sido maior. Eu me recordo que algumas pessoas me reconheceram, assim que botei os pés na primeira Comic Com realizada em Santos, no ano de 2013. Levei um susto e fiquei na defensiva, pois jamais estava preparado para aquilo -- achei seria mais um anônimo entre tantos. Foram poucos os que me "enxergaram", na verdade, mas fiquei feliz. Talvez teriam sido mais, se eu tivesse levado o blog a sério naquela época. Talvez eu tenha jogado fora uma chance de ter crescido mais. E não foi a primeria vez que desperdicei uma oportunidade.

Antigamente, eu postava na Internet como uma pessoa que estava experimentando as coisas, um tanto curiosa, ingênua, um iniciante que não se considerava bom o bastante e queria ver, explorar, observar, aprender... Acho que a isso se atribui a alcunha de neófito, talvez -- uma espécie de observador e aprendiz ao mesmo tempo. O tempo passou, eu vi muita coisa (digamos, fora do meu apreço) considerada profissional ou de alto talento. Algumas me deixavam pasmo. Eu me perguntava: "Mas, como?! Isso é ruim pra kharáleo!". Um dia, sei lá quando, caiu minha ficha. Demorou! Talvez tenha caído tarde demais. Hoje eu sei que, em comparação a muitos por aí, eu sou um dos melhores. Mas, e daí? Eu sou uma pessoa desprezível, nao sei manter conchavos, nem assumir certos compromissos. Então o jeito é seguir vivendo um dia de cada vez, do jeito que for possível. 

Espero ter esclarecido sobre a importância do domínio próprio. Custa baratíssimo no Registro.br. Mas já alerto que configurá-lo não é nada fácil. 

Um abraço, até o próximo post, que será de quadrinhos.


quarta-feira, 2 de julho de 2025

POÉTICO - A BOLA DO MEU SACO

A bola do meu saco vive oculta.
Quanto estou pelado,
Ela está peluda.

A bola do meu saco é danada.
Quando é estimulada, 
Solta cusparada.

A bola do meu saco me permite amar,
Estruturar a minha vida,
Para um outro de mim cuidar.

A bola do meu saco me traz emoções,
Que são materializadas depois,
Em minhas novas versões,

A bola do meu saco não me define ao todo.
Eu sou muito mais, sou uma pessoa,
E meu sentimento de amor não é à toa.

segunda-feira, 30 de junho de 2025

FESTA JUNINA REBORN

Há muitos anos, era tradição minha vó paterna reunir os filhos e suas famílias para o terço de São Pedro. Eram muitos tios e primos, então a casinha (que é onde moro hoje) ficava lotada, pois vinham os vizinhos também, tão amados pela minha avozinha. Até os chatos.
 
Tinha quentão, pipoca, bolo, uma porção de coisas e, claro, tudo após rezarmos os cinco mistérios do terço mariano. A gente não se dava conta, mas é quando a gente perde que percebe que esperávamos o ano inteiro pelo evento. Minha avó se foi, sei lá, tem quase vinte anos.
 
A questão é que uma das tias faz aniversário justo nessa data, então, neste ano, as filhas resolveram organizar uma festinha na própria casa dela, em uma coábi das antigas, que tem quintalzão na frente e atrás. Ela fez até uma edícula e alugou -- muito diferente dos poleiros de pombos que constroem hoje em dia e chamam de "Minha Casa, Minha Vida".

Não teve mais o terço, pois muitos viraram evangélicos, mas a ideia da festinha junina permaneceu. Levei um tanto de pãezinhos recheados com patê, minha mãe e minha irmã levaram bolos e tortas. Chegando lá, que susto! Já tinha tudo! Uma porção de enfeite de São João, mesas temáticas onde ficaram as guloseimas e até o povo estava a caráter. Que chique! Se minha avó estivesse viva, teria amado, até porque as netas, Isabela, Carol e Giovanna estão mulheres. Quando ela partiu, eram criancinhas.
Claro que teve muita gente, claro que relembramos os tempos antigos e claro que ficamos tristes porque estamos todos velhos, então muita gente reclamou de muita coisa (dor aqui, não consigo dormir, tal posição me faz passar mal etc.). Só não foi mais agradável porque a gente não tem assunto para falar com a parentada, né? Então fica aquela coisa onde um começa a falar da vida do outro (de quem não está, quem sumiu porque ficou rico, casou, faz festa, não chama, mas põe tudinho no fêice, essas coisas). E chega o momento em que não tem como falar mais dos ausentes, então o jeito é falar uns dos outros. E eu sou aquele que não tenho nada para falar. Se eu contar que tenho blog, canal no Youtube, Instagram, nenhum deles fala nada sobre isso. 

E não é que uma prima minha fez questão de conversar comigo sobre os "Contos de Bebê Reborn"? Para minha total surpresa, ela leu e adorou, principalmente o conto "Pacote de Presente". Eu ri. Por que os leitores gostaram tanto desse conto?! Falei isso a ela, que as pessoas que leram sempre dizem que é um dos contos favoritos, então tive uns feedbacks que me fizeram ver onde acertei nessa história. O escritor de hoje fica muito preocupado com tramas mirabolantes e se esquece de trabalhar os personagens. Se o leitor não se envolver com eles, não há reviravolta que dê jeito.

Engraçado que o "Tábatha, A Influencer", aparece em segundo lugar, meio que no esquema "gostei desse também". A questão é que os anteriores eram bem mais curtos. Fiquei com a impressão de que, se eu tivesse trabalhado mais aqueles contos curtos, talvez a imersão dos leitores teria sido incrível também. Mas o "Bia" não foi tão curto e, ao contrário do que imaginei, ele não conseguiu obter a mesma relevância. É um desafio mexer com a cabeça de vocês, leitores, mas tive um norte importante sobre trabalhar melhor os personagens ao longo da história. 
Se você gosta de ler, mas ainda não conheceu os meus "Contos de Bebê Reborn", você é um sangue de morcego, cabeça de avestruz reborn. Ah, Ah! O ebook está na Amazon, gratuito para quem tem Kindle Unlimited ou pagando o preço extorsivo e desavergonhado de 5,99 -- clique aqui

Para terminar, gostaria de falar que o blog evoluiu e passou a ter domínio próprio:

Sim, é o mesmo nome do meu canal de conversas no YouTube. Se você ainda não o conhece, faço o convite para um dia me visitar lá.
 
Fico feliz pelos que dão seu tempo aqui, no YouTube e nos meus ebooks. Muito obrigado!
 
Um abraço, até a próxima postagem! 

sexta-feira, 27 de junho de 2025

A BOMBA PODEROSA

Conflitos gerados em ambientes invisíveis são capazes de proporcionar estragos que alteram nossa realidade. Projeta-se sobre nós, em tempo real, o que acontece no outro lado do planeta. Não estou falando de ligar a TV no jornal e prestar atenção ao que o repórter informa. A gente pega o celular e entra em uma espécie de quórum coletivo onde vemos opiniões, convicções e todo tipo de manifesto (com ódio, indiferença, dramático) oriundo de pessoas que sequer sabemos que existiam, e elas podem estar na quadra ao lado ou em Portugal, EUA, Alemanha, Turquia... Normalmente costumam estar cagando no banheiro, segurando o aparelho (ops! eu me refiro ao celular).
Nesse tempos de guerra, onde cada um de nós pode descobrir que possui um barril de pólvora em si, escrevi mais um mais um texto poético e o transformei em música por meio da SUNO AI. Eu fiz um canal para essas músicas, mas ele vinha tendo zero views, então resolvi colocar esses videoclipes no Fabiano Café Gay, já que lá existe o movimento -- e mesmo que essas minhas obras não sejam vistas, fica o consolo de que está em um lugar com muitos posts e comentários legais, um lugar que eu amo manter, então estará bem guardado. Trago aqui pelo mesmo motivo. 
Ficou legal o sotaque "a bomba poderôssa". Na verdade, um falha da inteligência artificial, mas que proporcionou certo charme. Hoje em dia, se você quer ouvir uma música que o agrade, faça você mesmo.


A BOMBA PODEROSA
Texto de Fabiano Caldeira
Música gerada por SUNO AI

A bomba poderosa
Decidiu que era chegada a hora
De fazer o seu grande estouro:
Acabar com tudo, sem pensar nos outros.

"Essa realidade ordinária precisa acabar.
Não vejo ninguém se prontificar,
Nenhuma mudança operar,
Então serei eu, o grande heroi, a me sacrificar!"

A bomba, sendenta pela mudança,
Provocou o próprio estouro.
Vieram mais dois! Que abundância!
E o deserto permaneceu... deserto - e arenoso

Ouça no site da SUNO.COM
https://suno.com/song/d051aacf-5c0d-4b00-b317-c84e9150d8a6

segunda-feira, 23 de junho de 2025

POÉTICO

O homem - escravo de suas emoções

Ele tem a chave para se libertar

Mas não quer

Ele prefere não usar

FARRA PATRIOTA (E A PICANHA?)


FARRA PATRIOTA (E A PICANHA?)
Texto: Fabiano Caldeira
Música gerada por Suno AI

Tenho arroz
Tenho feijão 
Tenho batata 
E macarrão 

E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?

A gasolina
A ritalina
A cloroquina
Tadalafila

E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?

Tá uma zona
A céu aberto
Tem erva e pó 
Tá tudo certo

E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?

É proibido cobrar
Alguém vai processar

É proibido cobrar
Alguém vai te achar

É proibido cobrar
Alguém vai te catar

É proibido cobrar
Alguém vai te calar

E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?
E a picanha?

Era uma vez 
Um gato xadrez
Que caga na boca
E diz que não fez

A versão do site é maior. Para ouvir, clique aqui 

quarta-feira, 18 de junho de 2025

ZÉ CARIOCA - 1 CAPA, 2 REVSTAS

Ainda sob o mote dos quadrinhos Disney, estive visitando o blog de um velho amigo quando vi a capa que ele postou, da revista do Zé Carioca 1831. Como ele foi sucinto, resolvi pesquisar no Inducks para saber em que ano ela foi publicada e acabei me deparando com outras informações que gostaria de compartilhar a quem me prestigia dando seu tempo a este blog. Vamos lá!

Essa capa é creditada ao grande Moacir Rodrigues Soares, que mandava muito bem naquela época, em Junho de 1988. Lembre-se que foi ele também quem fez as capas que mostrei na postagem anterior, sobre a revista da Margarida e do Donald. Como o amigo Roniere bem comentou em seu blog, ficou muito engraçado o Zé Carioca se esconder para não comparecer ao casamento, mostrando que ele não queria saber desse assunto nem de brincadeira. Eh, Eh! Capa bem legal, engraçada, envolvente e muito brasileira, pois essa alusão às festas juninas é muito o nosso povo. Depois do dia dos namorados, em 12 de Junho, comemora-se o dia de Santo Antonio, o santo casamenteiro, logo no dia 13.
A revista do Zé Carioca sempre foi muito querida pelos brasileiros que gostam dos quadrinhos Disney. Essa foi uma fase muito boa. O que chamou  atenção foi que essa arte de capa também foi colocada em outra revista, a Zé Carioca 2336, de Junho de 2009. Curioso que dessa vez os créditos foram para Aparecido Norberto e não ao Moacir. A gente fica sem entender, vez que se trata do mesmo desenho, mudaram apenas algumas coisinhas.
A revista de 1988 trouxe as seguintes histórias:
...ACENDE A FOGUEIRA DO MEU CORAÇÃO - desenhos de Euclides K. Miyaura, publicada de novo abrindo a revista do Zé Carioca 2336, em Junho de 2009.

OS PIRATAS DO RIO - Ideia de Joel Katz, roteiro de Les Lilley, dessenhos de Josep Tello Gonzales, com origem na Dinamarca, foi publicada também na Alemanha, Chile, Egito, Finlândia, França, Holanda, Islândia, Itália, Iugoslávia, Noruega e Suécia.

É LOGO ALI - desenhos de Carlos Edgard Herrero, publicada também na revista do Zé Carioca 1409 e 2129.

GOLPE DE TIRAR A CARTOLA - Ideia de Gail Renard, roteiro de Donne Avenell e desenhos de Juan Torres Pérez, com origem na Dinamarca, foi publicada também na Alemanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Itália, Noruega, Reino Unido, República Techa, Suécia e Ucrânia.

QUE SUTO, MEU! - desenhos de Euclides Miyaura, publicada também na revista do Zé Carioca 2130.

A de 2009 trouxe:
...ACENDE A FOGUEIRA DO MEU CORAÇÃO - desenhos de Euclides K. Miyaura, letras do Estúdio Lua Azul, publicada também na revista do Zé Carioca 1831

O VIAJANTE DO TEMPO - roteiro de Carlos Alberto Paes de Oliveira, desenhos de Renato Vinicius Canini, publicada também na revista do Zé Carioca 1197 e Disney Jumbo 9.

ZÉ DO BREAK - desenhos de Roberto O. Fukue, publicada também na revista do Zé Carioca 1739 e Disney Big 34.

VOCÊ COMPROU SEU CHOP-CHOP? - roteiro de Júlio de Andrade, desenhos de Renato Vinicius Canini, publicada também na revista do Zé Carioca 1327 e no Almanaque do Zé Carioca 22 (2a. série).

É O FIM DO MUNDO! - desenhos de Roberto O. Fukue, publicada também na revista do Zé Carioca 1761 e no Almanaque do Zé Carioca 28 (2a. série).

UMA BRIGA POR AMOR - desenhos de Robeto O. Fukue, publicada também na revista do Zé Carioca 1761 e  no Almanaque do Zé Carioca 28 (2a. Série).

Interessante, né? Era comum que as histórias do papagaio fossem republicadas em sua própria revista, de tempos em tempos. Acredito que haja outras capas que foram reaproveitadas, como fizeram em relação a essa, só não me lembro quais.

Termino o post colocando o link do blog U2 e Gibis, do amigo Roniere, convidando vocês a conhecerem. Clique aqui

Links de Pesquisa:

sexta-feira, 13 de junho de 2025

MARGARIDA, ORIGEM E REVISTA

Margarida foi criada por Al Taliaferro em 9 de Janeiro de 1937, aparecendo em um curta-metragrem (como são chamados os desenhos animados com pouco tempo de duração) e indo para os quadrinhos em 1940, em uma história que só foi publicada no Brasil em 1973, na revista Cinquentenário Disney 1, com o nome: Donald Encontra Margarida (Mr. Ducks Steps Out). Na verdade, essa historinha é nada mais, nada menos que um dos curtas-metragens mais conhecidos e alegres de Donald, datado de 1940.

Em 1937, atribuem sua primeira aparição no curta-metragem Don Donald -- Donald vai ao México para se encontrar com ela (hoje em dia, eu jamais faria esse tipo de sacrifício em busca de um pouco de diversão). Entretanto, o nome original da personagem era Donna, sendo que o nome da reconhecida Margarida sempre foi Daisy. Esse detalhe até hoje causa certa divisão entre fãs dos trabalhos clássicos de Walt Disney. Para 'ajudar' no rolo, produziram, em 1951, algumas tirinhas introduzindo a Donna como rival de Daisy. A Disney tem dessas maluquices. Quem nunca se perguntou porque o Pateta dos desenhos para TV tem coisas que não encontramos no Pateta dos quadrinhos? Seu próprio filho, por exemplo, não faz parte do universo dele nos quadrinhos -- quem vemos com ele, algumas vezes, é o sobrinho Gilberto.

Voltando ao foco, Margarida é a versão feminina de Donald, tal como Minnie é a de Mickey. 

Há um tempo atrás, quando eram fortes os grupos de discussão sobre os quadrinhos Disney na Internet, percebi que uma galera não gostava nada do jeito de Margarida; achavam-na abusada pelo seu temperamento explosivo (sendo que Donald também tem) e sua conduta duvidosa em relação ao Gastão, por dar bola demais a ele, principalmente nas investidas dele que, segundo alegavam, eram humilhantes para Donald -- onde já se viu uma namorada tmeperamental que ainda o humlhava dessa maneira?

Não creio que essa tenha sido a intenção em torno da personagem. Fiquei até surpreso pela machaiada demonstrar seu incômodo com isso -- um envolvimento sério para meros personagens de quadrinhos. Deixa o pato, gente. Deixa o pato... Ah, Ah!

E com esse temperamento, não é que a editora Abril resolveu produzir o gibi dela? A revista em quadrinhos da Margarida chegou "causando", logo na estreia, provocando os defensores do Donald até no marketing:

Moacir Rodrigues Soares foi muito feliz nos desenhos da capa -- um dos grandes craques dessa época de produção de HQs.

Sim, as duas revistas ganharam as bancas, em 18 de Julho de 1986, contendo 44 páginas, custando Cr$ 4,50 (quatro cruzeiros e cinquenta centavos). Coloco, a seguir, uma pincelada do que tinha no interior de cada uma:

O PACOTÃO - roteiro de Marcelo Aragão, desenhos de Roberto O. Fukue, publicada também na Espanha, França, Grécia, Itália e Portugal.

ESTOU DANDO FORA, ESTUDANDO FORA? - roteiro de Gérson Luiz Borlotti Teixeira, desenhos de Euclices K. Miyaura, publicada também na Colômbia, França, Itália e Portugal.

ASSALTANTES PERNAS-DE-PAU - roteiro de Les Lilley, desenhos de Daniel Branca, com origem na Dinamarca, publicada também na Alemanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Islândia, Itália, Noruega, Polônia, Portugal, República Checa e Suécia.

O SAPATEIRO QUE ENCHIA O SAPATO - roteiro de Leendert-Jan Vis, desenhos de José Colomer Fonts, com origem na Holanda, publicada também na Espanha e em Portugal

Agora vamos à da Margarida:
UMA NOVA MARGARIDA - roteiro de Gérson Luiz Borlotti Teixeira, desenhos de Euclides K. Miyaura, publicada também na Alemanha, Colômbia, França e Itália.

O SAPATO DEU UMA MÃO! - ideia de Joel Katz, roteiro de Bob Bartholomew, desenhos de Josep Tello Gonzalez, com origem na Dinamarca, publicada também na Alemanha, Egito, Estônia, Finlândia, Holanda, Islândia, Itália, Iugoslávia, Letônia, Lituânia, Noruega, Reino Unido e Suécia.

SUCESSO EMBOLADO! - roteiro de Bob Gregory, desenhos de Jaime Diaz Studio, com origem nos estúdios Disney dos EUA, publicada também na Alemanha, Itália e Iugoslávia.

HOMENS, TREMEI! - roteiro de Arthur Faria Jr., desenhos de Eli Marcos M. Leon, publicada também na Alemanha, Bulgária, Dinamarca, Finlândia, França, Holanda, Islândia, Itália, Noruega e Suécia. 

E você? Gosta da Margarida? Você sabia dessas informações a respeito dela? Você se lembra do gibi da Margarida? Estou esperando seu comentário. 

Confira a versão em vídeo: Margarida, origem e revista.

Um abraço, tudo de bom!

Links de pesquisa:

AS GÊMEAS