domingo, 30 de novembro de 2025

SENSUALIZANDO EM FOTOS

Em tempos de imagens por inteligência artificial, percebi que havia muito tempo que eu não ia no site Pexels, que é um local onde são colocadas imagens para uso público, de graça. Algumas possuem licença creative commons, representada por aquele símbolo minúsculo com "cc" dentro de um círculo. Isso indica que a foto ou vídeo têm direitos autorais, mas podem ser utilizados por terceiros para alguns fins. Eu prefiro as que não têm essa licença. As que não possuem estão escritas apenas "disponível para uso gratuito", ou algo parecido. Daí você pode fazer o que quiser, sem se preocupar com direitos autorais.

É possível acessar o site sem fazer registro nenhum e baixar quanrtas foto e vídeos quiser, mas tenho meu perfil e percebo que a plataforma me dá um leque um tanto mais personalizado por isso, inclusive coisas mais sensuais, sabendo que sou adulto e gosto desse tipo de conteúdo. Veja, a seguir, algumas que resolvi compartilhar aqui. Começo com essas que possuem um viés sensual, porém bastante artístico.

Olha a diferença de "clima" entre a foto colorida de a P&B.


Esse casal idoso (última foto) tem muitas imagens, inclusive sequenciais a esta, tanto em fotos quanto em vídeos. Várias pessoas das fotos também fizeram vídeos. Percebo que existe uma produção focada nisso. Não é uma equipe brasileira.


Por ser um local de uso gratuito, não sei, não faço a menor ideia como sobrevivem, ainda mais hoje em dia, quando muitos usam a I.A. Acho bem provável que imagens e vídeos gerados por I.A também comecem a ser postados nesse lugar. Será?

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

ACOLHIMENTO NA CAFETERIA

Faço minhas considerações após o conto em primeira pessoa (é uma mulher)

Senti algo ruim me abordar, uma espécie de energia invisível que se fez presente e pareceu até me abraçar. Um calafrio me veio, subitamente. Gomez até percebeu o bico dos meus seios duros, mesmo trajando uma blusa grossa por cima de uma camiseta. Não era um dia frio de inverno, mas eu quis usar a blusa porque não sentia tanto calor, no momento, e julgava que a temperatura fosse cair ao longo da tarde. Eu já estava com um arrepio na alma.
Por vezes, quis convencer a mim mesma de que tinham sido apenas pé de milho e cara de galã naquele carro, que era coisa da minha cabeça a neurose permanente que me fazia, agora, ficar atenta a todos ao meu redor.
― Sério? ― eu disse, tentando simular um certo controle emocional que Gomez estava notando que não mais havia.
― São hipóteses, mas é bem provável que o seu sequestro não tenha começado no instante em que entrou naquele carro. Você foi sondada antes. Um pegou seu celular e o outro fingiu que ia detê-lo, mas acabou deixando-o escapar. É claro, a real intenção dele não era pegar o ladrãozinho, era distrair a sua mente deixando-a nervosa, abalada, mexida, incapaz de raciocinar direito porque ele lhe tomava toda a atenção naquele momento. Não foi assim?
― Foi.
Como eu não tinha conseguido pensar em algo tão óbvio? Eu achava que conhecia os meandros da coisa toda, só porque passei uma noite inteira com aqueles dois, mas a real é que eu não sabia era de nada.
Eu me lembrei, de repente, do meu cativeiro: aquele sobrado enorme e horroroso, daquela cabecinha que vi transitar pelo corredor que fazia divisa com a parede do cativeiro. Era a cabeça de um homem. Do pouco que pude ver, naquele momento, foi fácil notar que era um homem que estava passando ali. Engraçado que o muro, do meu lado, era tão grande que precisei utilizar aquelas caixas de madeiras podres e o balde, para tentar atingir a altura necessária para escalá-lo e fugir. E não consegui. Mas o nível do piso era diferente no outro lado, pois, se fosse o mesmo, jamais teria visto a cabeça daquele sujeito, por mais alto que ele fosse. Lembro que gritei, gritei várias vezes para atrair da atenção dele, chamei por ele tantas vezes, mas o filho da puta nem ligou. Passou pela minha cabeça que ele tivesse problema de audição. Agora penso que ele pode, muito bem, ser mais um integrante do bando. Que homem ignoraria uma mulher esgoelando, bem ao lado, implorando por ajuda? Não um bom homem!
Olhei para Gomez, disfarçando ao máximo o pesar que suas informações me causaram, só que ele, macaco velho que era, sabia o quão mexida fiquei. Aqueles olhos me contemplavam em um misto de atenção, observação e uma empatia além de imaginar como me sentia, além de se colocar no meu lugar. Era um grau maior, de quem gostaria de ter liberdade para me abraçar, me amparar, me proteger.
― O Dr. Lima deve chegar em quinze minutos, eu acho. Enquanto isso, o que acha de tomarmos uma xícara de café aqui perto?
― Melhor não. Ele pode aparecer e não encontrar a gente.
― Daí, ele entrará em contato comigo, pelo meu celular, e a gente volta. Não tem problema.
― Vocês combinaram isso, né? Você e ele?
― É. 
Havia algo impreciso naquela afirmação, mas, sabe de uma coisa? Eu não tinha que ficar analisando o que me era desconhecido. Eu estava diante de uma autoridade policial, deveria me sentir segura, se ele afirma não haver problema algum em tomar um cafezinho, é porque realmente não há. Não me cabe analisar sua credibilidade.
Fomos parar em um estabelecimento conhecidíssimo, a três quadras dali.
As pessoas o olhavam com certa intimidade que se mostrava até no modo informal de se tratarem.
― O de sempre ― ele sorriu para a atendente que me deu um olhar estranho, como se não tivesse gostado de me ver. 
Era uma moça com idade compatível à minha, eu nunca a tinha visto mais gorda por aí, mas minha presença a incomodou, tanto que precisei fazer meu pedido à outra atendente, que quis me empurrar um copo descartável cheio de arroz-doce, alegando que era o mais vendido, o carro-chefe da casa, mas recusei e preferi apenas um pingado com pães de queijo. Havia uma promoção em que era mais vantagem adquirir três pãezinhos de queijo, em vez de dois, então aderi. 
Fiquei curiosa para saber do que se tratava o tal “o de sempre” que Gomez  tinha pedido. Quando a mulher trouxe um pratinho com pastel de queijo e, em seguida, um copo americano com um cafezinho preto vagabundo, ele olhou bem na minha cara e soltou, em meio a um sorriso de quem percebeu minha curiosidade e, agora, minha decepção:
― O que você esperava?
― Ah, sei lá. Algo não tão simplório assim.
Ele deu uma risadinha e saboreou o café fumegante.
A outra moça surgiu com meu pedido, acomodando-o à minha frente.
― O seu não é nenhum ícone de sofisticação, madame. Quem é a senhora mesmo, a Rainha Elizabeth?
Eu não soube o que responder, mas aquele jeito debochado dele me arrancou um sorrisinho de canto de boca. 
Preferi saborear logo o pingado. Então ele falou:
― Sabe desde quando eu venho aqui e tomo este cafezinho que fez você torcer esse seu nariz arrebitado aí? Desde que me conheço por gente, eu era um pequeno guri.
O senhor que estava cuidando do caixa, próximo aonde estávamos, interveio em alto e bom tom:
― Não é bem assim, a loja não existia na época da Santa Ceia!
― É claro que não! Nessa época, o meu avô tava carcando na sua avó!
O homem caiu na garalhada e voltou sua atenção ao cliente que apareceu para pagar sua conta.
Gomez olhou para mim e falou:
― Não liga, não. A gente se conhece desde criança. É assim mesmo.
O homem do caixa se meteu de novo:
― Já bati muito nesse carcamano! É por isso que ele parece meio doido!
― Já bateu “pra” mim, né? Você quer dizer. Olha que eu conto nosso segredinho… 
― Que você me mostrava que estava usando a calcinha da sua mãe e me pedia para tocar em você? Quer mesmo que ela saiba disso?
― Só se você me deixar contar que eu metia no seu rabo logo depois. Você até virava o “zoínho”!
Eles ficaram naquela zoeira, como se fossem dois meninos na puberdade, enquanto eu degustava do que havia pedido. Pela primeira vez, desde muitos dias, o alimento me descia bem. Eu me alimentava com calma. Os pãezinhos de queijo estavam ótimos. O pingado tinha um quê especial. 
Gostaria que o tempo não passasse tão rápido, mas logo me vi caminhando de volta àquele ponto de ônibus e Gomez não mais fazia gracinhas, sua irreverência foi deixada naquele Café.
______

Este é a segunda vez que posto um trecho do longa que estou escrevendo. O anterior, você confere clicando aqui
Eu avancei bastante na história. Sandra, a protagonista, fará uma espécie de reconstituição de seu sequestro, mas o delegado não chegou ainda. Na verdade, o investigador Gomez, um senhor bem experiente no ramo, foi na frente, visando preparar o emocional dela.
Preciso confessar que tive que pesquisar sobre os procedimentos desse negócio de reconstituição. O conhecimento que adquiri foi bem diferente em relação ao que pensei, mas estou inserindo na história. A gente é acostumado a ver coisas diferentes do nosso sistema brasileiro. Filmes e séries, livros internacionais. Então a gente acha que pode fazer igual. Não. Não pode. Perde-se a credibilidade. Por isso é importante pesquisar e procurar saber como funciona tal coisa. Também preciso dizer que a cafeteria existe, ela é histórica no centro de Ribeirão Preto.
Bom, se você leu até aqui, muito obrigado pelo seu tempo e seu carinho.

sábado, 22 de novembro de 2025

BOLSONARO FOI PRESO! BOLSONARO FOI PRESO! BOLSONARO FOI PRESO!

Acordei, hoje, com a notícia de que Jair Bolsonaro tinha sido preso. Jornalistas enchem a boca para falar "foi preso" -- das nove da manhã até agora, meio-dia, perdi as contas de quantas vezes eles falaram isso com muito gosto, sendo que na época dele as emissoras tinham liberdade maior para noticiarem o que quisessem, até fakenews (não estou dizendo que ele era amiguinho da imprensa, não misturem as coisas). Agora, a própria Globo, um grupo gigantesco de comunicação que fez História (e história também, se é que me entendem), corre risco de fechar as portas, se abusar muito. Mas isso é só um tipo de zelo feito com amor e carinho para proteger os cidadãos da desinformação, isso é o que importa.

Não. Não estou defendendo Bolsonaro. Em cima do muro, vejo as coisas de todos os lados possíveis e vejo um país incapaz de deter a bandidagem em massa e por isso se apega a Bolsonaro, ainda, para mostrar que está operante, que a PF não dorme, que o Supremo não é brincadeira. Alías, depois que descobri que Deltan Dallagnol tem um canal e que ele próprio informou que Alexandre de Moraes esteve em um jantar de luxo no restaurante Fasano, em Nova Iorque, bancado pelo banco de Daniel Vorcaro, para 150 pessoas, inclusive funcionando em um domingo, algo que não é comum ao restaurante, que o cardápio desse esse jantar é estimado em cerca de 750 reais por pessoa, eu percebo, realmente, que nosso Supremo não está de brincadeira. Não acredita em mim? Veja você mesmo, clicando aqui, mais precisamente entre os minutos 05:00 a 05:35. 

A linguagem neutra, agora, etá oficialmente banida, ao menos perante ao que se diz respeito às formalidades governamentais. Acho isso ótimo, demorou muito para tomarem uma posição a respeito. Mas, se estivesse consagrada, também não seria de todo ruim, pois eu adoro a palavra "todes", de verdade, e aprendi a me adaptar aos tempos, pois, quando você cresce e percebe que nasceu em uma família louca e problemática e que você vive sendo tratado como um bosta que nunca será nada, você começa a ter que se virar emocionalmente para sobreviver. Na minha época de jovem, não havia essas politicagens protecionistas de hoje, então minha depressão sempre foi vista como mera frescura porque sou diferente, sou "homisseqsual", então minha cabeça é torta, meu espírito é tomado pelo diabo, por isso padeço dessas coisas. Não é culpa da minha mãe que explorava meu pai e defendia malandros drogados violentos, não é culpa do meu pai que trabalhava feito um burro no campo para arcar com as inconsequências de minha mãe e ainda sustentar um monte de gente que nem vivia conosco, mas era família, então era muita ruindade prosperar, ter dindin e não repartir com ninguém da família. Isso é uma virtude, mas o efeito colateral era a ignorância e a falta de paciência, então ele não me entendia e não gostava de mim, porque eu era o alvo ridículo que todo mundo falava por aí e isso ridicularizava sua família, sua própria vida. 

Naquele tempos, anos 80, havia uma preocupação exagerada sobre isso. "A filha de não sei quem tá buchuda...", "O filho do fulano desmunhecou". Essas duas coisas eram a morte para toda família, pois as pessoas falavam mesmo e, sim, já havia o cancelamento, que não era fácil. As pessoas fechavam as portas para algumas oportunidades rumo a um bom futuro. Era como uma regra onde todos deveriam ser impecáveis em virtudes, senão a vida seria muito difícil, ninguém queria ter pessoas mal-faladas por perto. 

O tempo passou, o mundo mudou e meu pai viu que tudo isso virou uma grande besteira, ao menos por aqui, então ficamos em paz, só que o estrago já tinha sido feito: virei um nada e morrerei um nada e é assim que as coisas são. É muito fácil dizer coisas e transmitir mensagens e lições quando não é a sua realidade, não foi você quem cresceu, se desenvolveu e fez parte da engrenagem de uma vida inteira de uma família que, graças a Deus, não terá seus frutos para ser continuada, pois nenhum de nós podemos ter filhos, então todo o carma e darma (e sei lá o que mais) se acaba aqui.

Se eu tiver sorte, terei um benefício no futuro próximo, apesar de que ainda pago a previdência social com autônomo, mesmo sem estar trabalhando. Faço há vários anos, mas não o suficiente para me aposentar, então estou -- como dizem -- jogando dinheiro fora, mas sempre ouvi dizer que pagar a previdência social como autônomo era jogar dinheiro fora. Se eu tivesse feito isso desde que saí da metalúrgica e acreditei que trabalhar por conta própria era maravilhoso, hoje eu poderia entrar com minha aposentadoria, então o que eu ganhei em acreditar no que falavam, desde aquela época, foi ver pessoas se aposentando enquanto eu tomo no cu. "Se eu tiver sorte", pois não beijo os pezinhos de quem, agora, concede benefícios até para o aluno ir cagar no banheio da escola. Então, teoricamente, não sou contemplado. Já tentei me bandear, falar bem, mas esquedistas olham na minha cara e não se convencem e eu vejo o incômodo neles, como se eu fosse um tipo de traídor e tal, quando, na verdade, eu não ligo se gostam de bandidos e drogas, eu só quero ficar em paz. 

Acho, sim, que todo mundo merece um benefício de verdade, não esmolas, sempre defenderei isso. Enquanto pessoas estão se tornando trilionárias, a pobreza também cresce. Então você vê que existe um erro, que essa desigualdade deveria sumir. Mas não some. Porém, dizem que isso não me faz um esquerdista, principalmente quando não me sensibilizo com morte de bandidos, quando penso que ações como a que resultou em mais de cem mortos do Rio, há pouco tempo, deveriam acontecer toda semana. Essa gente é parasita social, não acrescenta nada à sociedade, só perigo, medo, terror. Se o Estado passa a sustentar pessoas, penso que a tolerância ao crime deve ser zero, pois não tem desculpa para o indívíduo que quer ser mau. Ele é um gasto ao governo, não traz nada de bom, lesa as pessoas de bem e ainda quer a tal da humanidade? Ah, sai pra lá, filho da puta! Porque essas pessoas não aprendem a ficar quietas no canto delas? Já que gostam tanto do mote "crime" e "drogas", porque elas não se ocupam com ações contra isso, em vez de se tornarem funcionários desse sistema? 

"Ah, eu sou discriminado, é muito preconceito!" Já pensou, se todo mundo que procura validação, então resolve entrar para o crime? Estamos perdidos! Mas, basicamente, é o isso o que acontece. Crianças crescem sem educação devida de seus pais e daí, como a vida não tem o mesmo desleixo amor, elas vão para o crime. Uma espécie de vingança social contra todos nós, quando os culpados são os pais e o Estado, não a sociedade. 

"Não é bem assim, você não pode generalizar". Bom, para tudo existem exceções, mas muito é sobre isso, sim. Você vê a criação de uma pobre criança onde a mãe é desbocada, o pai está nas drogas, a casa é uma bosta, ninguém tem vontade de ficar dentro de casa, então fica perturbando todo mundo na rua. A criança aprende que gritando e xingando se intimida e até consegue o que quer. A criança aprende que droga entorpece faz bem e ainda se ganha dinheiro. A criança aprende que ligar o som altíssimo é divertido, todo mundo ri, bebe, bate papo, então é muito legal, o vizinho que reclama é chato e, se encher o saco, deve ser intimidado, pois todo mundo tem o direito de curtir a felicidade de um som alto quando quiser.

"Mas tem muito mauricinho por aí que surfa no poder e na grana e faz tudo isso. Não é coisa de pobre, não, mas é o pobre que vai preso e blábláblá..." E por isso, então, deve-se passar pano, em vez de reforçar a toleância zero contra o crime, para todo mundo? Ricos são crueis. Estupram, muitas vezes, têm advogados poderosos, cometem vários tipos de crimes. São os primeiros que devem ser condenados, sem dó. Mas isso não quer dizer que devemos olhar com benevolência o outro lado, como se fosse um reparo social inocentá-los. A maldade é simplesmente a maldade. Pobre, rica, é má do mesmo jeito. É má! Não é vítima!

Mas, enfim, já nem lembro mais porque comecei a escrever isto. A coisa desanda quando surge esse tipo de assunto. A coisa sempre desanda quando essas coisas aparecem em qualquer momento da vida. Uma bosta de vida. Mas, quando vejo gente ainda pior por aí, eu reflito sobre quem sou, o que eu tenho, minha saúde, meu corpo, ergo os olhos para o céu e agradeço. Agradeço muito. Agradeço todo santo dia, pois eu sei que não custa nada para tudo piorar -- pois sempre pode piorar -- então que bom que estou suportando, que bom que (ainda) tenho coisas que alguns não têm e agradeço por isso. 

Você já agradeceu a Deus, hoje? Não o culpe pelo que lhe acontece. O que a gente passa, muitas vezes, são frutos de nossas escolhas. Deus não tem nada a ver com isso. Às vezes, o universo até quis impedir, mas a gente insistiu, a gente quis porque quis! Então, agora, não cabe culpar as estrelas.

domingo, 16 de novembro de 2025

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

CADA UM TEM O PAÍS QUE MERECE!

O vídeo abaixo traz reflexões sobre o que abordei na postagem anterior, mas também trata de outras aquisições: um encadernado da Disney e um microfone. Estou compartilhando apenas por ser uma extensão do que abordei anteriormente. Todas as aquisições têm a ver com a questão. 

Não preciso ficar explicando mais. Quem tiver saco, que veja. Eu falo tudo lá. São dois anos de canal, mais de dois mil inscritos, naturalmente, sem maracutaia. Sei que o povo daqui não se mistura com o de lá, mas ficaria feliz se alguém daqui ouvisse o que tenho a dizer.

Qualquer hora, dê uma passadinha lá no Café Gay e me deixa um "oi", para eu saber que esteve lá. Mas não tem Pix.

sábado, 8 de novembro de 2025

DESILUSÃO LITERÁRIA É COMO UMA BOMBA QUE EXPLODE DENTRO DA GENTE

Eu não fico anunciando meu blog, pois a intenção não é torná-lo ciente para muita gente que tenho como contato em redes sociais. Deixá-lo quieto é bom para mim, pois me sinto mais à vontade para colocar certas coisas. Coisas as quais vejo naquele outro lugar tão "sociável" e me fazem pensar.

Dia desses, fiquei empolgado com um colega, ao saber que ele lançará um segundo livro de uma obra literária que li dele, há pouco tempo. Fiz videozinho mostrando satisfação, mostrei o livro 1, que tenho com muito gosto, enfim, demonstrei minha felicidade pelo feito dele.

Mas essa euforia acabou logo. No dia seguinte, vi uma nova divulgação do livro novo, agora dizendo que está na Amazon, para quem não quer esperar o tempo certo de pegar o físico. Até aí, tudo bem. Sou um grande adepto da leitura digital e vivia incentivando as pessoas a irem por esse caminho. 

"Vivia" porque venho aprendendo a ser egoísta para o meu próprio bem. Hoje, não encorajo ninguém. Porque não tenho mais saco para ficar conduzindo o cidadão e depois ele simplesmente me virar as costas por causa de algo qualquer, me descarta no lixo como se eu fosse um copinho de água. A culpa era da pessoa ingrata, cretina, falsiane, metida? Não. A culpa era toda minha, pois partia de mim ajudar e ser todo o suporte que todo mundo precisava. Eu dava meu tempo para ver a satisfação da pessoa em conseguir realizar a façanha de colocar seu ebook e ter aprendido a mexer na plataforma, para colocar outros que supostamente viriam, mas depois eu percebi que a pessoa nem valorizava tanto esse tipo de coisa. Eu só fui percebendo isso ao longo do tempo.  Novamente eu digo, não culpo ninguém a não ser a mim mesmo, pois partiu de mim, mas voltando ao foco que não é esse...

A divulgação nova que vi tinha um detalhe que não me agradou nenhum pouco, e é nessas horas que eu agradeço por ter este lugar para desabafar. Alguém está pagando pessoas para deixar comentários e avaliações cinco estrelas na página da Amazon. Vi preços variando entre 20 a 50 reais via Pix. Sem burocracia. Era só seguir fulano, siclano e beltrano, deixar o comentário na Amazon e avaliar com as cinco estrelinhas. Postar em rede social também vale, mas não sei se está incluído no valor do Pix.

Uma vez, no início do meu ingresso na Amazon, eu tinha conhecido uma plataforma chamada WATPAD. Era um lugar bem movimentado onde todo mundo punha de tudo o que escrevia e tinha-se acesso total ao que bem quisesse encontrar. Resumindo bem a questão, meu encanto se desfez quando percebi que ninguém lia as coisas que eu postava. Sério. Ninguém mesmo! Mas havia um monte de gente com números impressionantes de leituras, comentários, bajulações etc. Um dia, averiguando melhor a plataforma, percebi que havia uma combinação entre as pessoas. Se você seguir fulano, beltrano e tetrano, você vai receber um número X de pessoas olhando o que você escreve. Se fizer mais isto e aquilo, as pessoas deixarão comentários, serão superfofas com você. 

Saí completamente desiludido e ingressei na Amazon. O ano era algo entre 2016, 2017, não lembro com exatidão. Vendo, hoje, a nova maracutaia envolvendo esse perfil do colega, perdi o encanto sobre todas as postagens desse nicho no Instagram. Eu sempre lia um post de alguém, um feed dos grandes, muitas vezes, mas eu lia com prazer. Agora, eu olho esses posts e não tenho nem coragem de querer saber se o post é grande ou não, porque simplesmente não me importa. Não me interessa.

Talvez, se eu fosse, um pouco, como esse autor, eu faria a mesmíssima coisa. Mas eu não sou ele, não estou no lugar dele. O meu lugar é outro. E aqui, no meu lugar, o que eu sinto é dor e desprezo. A dor de ser tapeado, de ter acreditado em palavras de posts que na verdade não são sinceras. 

"Ah, não fale assim, estou ganhando para fazer este post, mas eu o faria mesmo assim." Ah, jura? Então faz o seguinte: pega o valor desse seu pix, que você recebeu, e encaminha ele para mim. Ah, Ah, Ah!

Pra cima de mim esse papinho, bem?

Só quero deixar claro que não vim colocar lição de moral a ninguém. Não quero apontar o dedo e dizer quem é mais ou menos escritor, quem joga sujo ou limpo. A questão não é essa. A questão é: eu estou completamante decepcionado com muita coisa que descubro ser ilusão. 

Autores como ele... Não importa que paguem um milhão de pessoas. Esses autores sabem que elas não os leem porque sentem vontade. Elas os leem por dinheiro, ou melhor: esmolas.

"Olha, o autor não tem nada a ver com isso. Na verdade, é o perfil da fulana influencer que...", está usando a obra dele para se promover e assim desiludir leitores como eu. Dá na mesma! O foco aqui é a decepção em descobrir que um livro bem comentado não é realmente o que muitos gostaram de ler. Qual confiança terei, daqui para frente, ao ler os comentários de um livro e achar que são reais? Nenhuma. Nem comentários, nem estrelinhas, nem resenhas em redes sociais, nem nada...

Essas coisas decepcionam, deprimem, tenho até vontade de me desfazer dos livros desse autor. Talvez eu doe para a biblioteca municipal. Perder o encanto é foda. O mercado, o sistema é foda.

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

A PRAGA ESCARLATE, DE JACK LONDON

Tenho lido livros interessantes. O mais recente, eu terminei semana passada, 29 de Outubro. Foi uma história com cerca de 60 páginas, de Jack London. A estimativa não é precisa, pois leio como ebook, então é o que Amazon coloca, para termos uma noção. E leio em formato Epub, utilizando outro aplicativo, o que torna tudo ainda mais diferente e interessante, pois, no aplicativo informavam mais de 200 páginas, mas é porque ele me dava as letras grandes, com cerca de dois ou três parágrafos comuns em cada uma.

"A Praga Escarlate" é o nome do livro, uma distopia pós-apocalíptica (o povo adora essas duas palavras), ambientada no ano de 2073, focada em um velho de 87 anos e seus netos com idade entre 12 e 13 anos, sobreviventes de uma pandemia que acabou com tudo em 2013. Só que tem um detalhe importante que valoriza mais essa trama: 

produzida em 1912 

É meu querido, é minha querida! Ah, Ah, Ah! Jack London fez uma tacada quase certeira em relação à pandemia que quase levou a humanidade para a vala! Entretanto, em 1912, o que se saberia do nosso presente? É claro que as coisas que ele colocou não são bem como vivemos, mas, quando você ler, vai acabar pensando na nossa pandemia como um "What If" do tipo: "E se" as vacinas não tivessem sido descobertas logo? Como seria o mundo devastado, com praticamente restos de seres humanos, um e outro apenas, espalhados, escassamente, pela longetude do mundo? Também vi referências à Internet, onde conta que as pessoas, em 2013, se comunicavam pelo ar e pelos fios. PÁ! O que será que ele imaginou, hein?

Foi uma experiência incrível viajar para a devastação de 2073, onde nada mais havia de 2013. Sem Internet, sem tecnologia nenhuma, pois não havia laboratórios, medicamentos, estudos, nem escolas, não havia sequer um simples sabonete para tomar banho. Pois é! Tá entendendo aonde eu quero chegar? Esse futuro é muito louco! Os meninos que cresceram nessa escassez imensa de coisas mais básicas não sabiam nem se comunciar. O vocabuláario que entendiam era pífio, então eles ficavam impacientes diante das colocações do velho, pois eles não entendiam o que queriam dizer as palavras pronunciadas. Mesmo as mais simples de tudo, como "interessante". E eles, em sua ignorância, não suportavam o conhecimento bem ao lado. Um se zangava, outro debochava, e outro apenas ouvia na dedução de ir entendendo. 

Mas, não bastava o cenário descrito, a realidade cruel onde nem tinham roupas e sabonete, portanto, nem banho tomavam. Não bastava ter ficado a par do que aconteceu, de como as pessoas iam morrendo, uma a uma. Ainda havia mais! 

Sim! Esse livro me pegou de jeito quando a mensagem final foi transmitida: a busca pelo poder e a corrupção iminente. Esse detalhe filosófico do tipo "sad but true (triste, mas verdadeiro)" fez com que me lembrasse do aclamado Ensaio Sobre A Cegueira, obra prima de José Saramago, que li duas vezes com muito gosto, pois, em meio ao caos de uma súbita cegueira viral, leitosa e misteriosa, chega o momento em que o homem busca o poder e acaba fazendo com que outros se corrompam em troca de benefícios. Eu sei que existe o filme, que é muito bom também, mas o livro é uma imersão maior naquela realidade. 

E eu falei com uma IA do X (antigo Twitter) sobre essa obra e o papo me deixou muito empolgado. Essa IA é um ChatGPT com mais coragem de colocar certas coisas, digamos assim. 

Lembrei de você, Jotabê, que gosta de ter altos papos com a IA, seu amigo imaginário dos tempos contemorâneos. Acho que você iria gostar de experimentar. Espero que um dia o senhor tente, Sr. Asimov Botelho.

Vocês têm lido alguma coisa além dos blogs amigos? Se sim, comentem aí pra mim! Um abraço!

Se quiser, veja o vídeo onde falo desse livro do Jack London e se increva no canal.

O QUE EU ACHO DESSA POLÊMICA DO ZEZÉ

"Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão"  Vou Festejar -- Beth Carvalho Não farei palanque eleitoral aqui, vocês sabem...