"Em um país onde todos foram doutrinados a seguir o Mestre, ninguém mais tinha pensamento próprio" -- a frase ecoa como um aviso lúgubre, um prenúncio de um futuro distópico que, ironicamente, parece já habitar nosso presente. A cada dia, somos sutilmente moldados por forças que, sob o pretexto de nos informar, entreter ou conectar, parecem ter um objetivo maior: formatar nossas mentes.
Não se trata mais da censura ostensiva de outrora, com jornais apreendidos e livros queimados em praça pública. A censura moderna é mais insidiosa, operando no cerne de nossa percepção da realidade. Ela não mostra claramente que visa proibir uma fala, mas direciona o pensamento, objetivando replicação e absorção em massa. Através de algoritmos que personalizam nossos feeds de notícias e redes sociais, somos expostos a um fluxo constante de informações que reforçam nossas crenças existentes, criando bolhas de ressonância onde a divergência é rara e o contraditório é invisível. A repetição incessante de narrativas específicas, impulsionadas por interesses políticos ou comerciais, acaba por solidificar "verdades" que raramente são questionadas.
A consequência é a atrofia do pensamento crítico. Se a informação que recebemos é sempre pré-selecionada para nos agradar ou para nos conduzir a uma determinada conclusão, a necessidade de analisar, ponderar e formar uma opinião individual diminui drasticamente. O debate saudável é substituído por clichês prontos e slogans polarizadores. A complexidade do mundo é reduzida a hashtags e memes, e a profundidade de uma discussão, a um número de curtidas ou compartilhamentos.
Nesse cenário, a capacidade de pensar por si mesmo torna-se um ato de resistência. A doutrinação moderna pode não silenciar a voz, mas ela certamente busca calar a mente pensante. Quando a sociedade inteira parece marchar em uma única direção ideológica, ditada por influências nem sempre transparentes, aqueles que ousam questionar se veem isolados, taxados de gado, desinformados, negacionistas, conspiracionistas, fascitas etc. O medo do sistema que se torna obscuro, incerto e nocivo ao raciocínio questionador faz do conformismo uma escolha sedutora, mesmo que inconsciente.
E é aí que reside a verdadeira censura: na supressão da diversidade de ideias, antes mesmo que elas possam ser formuladas. O sistema não precisa proibir um livro se ele já conseguiu convencer as pessoas de que aquele livro não vale a pena ser lido, ou pior, de que a própria leitura crítica é desnecessária. Quando a capacidade de formular uma opinião autônoma é corroída, a liberdade de expressão torna-se uma casca vazia. Afinal, de que adianta ter o direito de falar se não há mais o que dizer de forma verdadeiramente própria?
A urgência de reativar o pensamento crítico é palpável. Isso exige um esforço consciente para questionar as narrativas predominantes e, acima de tudo, permitir que a própria mente vagueie e explore, encontrando-se livre das amarras invisíveis que buscam nos manter no rebanho do Mestre.
Oi, Fabiano! A Nova Era já está entre nós, meros seres humanos. Pra os que acreditam que Jesus irá voltar um dia, provavelmente já está morto em vida. Acredito que a humanidade caminha para um caminho sem volta, onde FORÇAS DESCONHECIDAS pra nós, a humanidade descrente e incrédula são facilmente manipuladas sem se darem conta. Os religiosos mais fervorosos, e não são poucos colocam a culpa em SATANÁS, alguns ufologistas dizem que são ETs,
ResponderExcluirnós pessoas comuns acreditam em quê? Ou no quê? Imagine daqui a uns 10, 15, 20 anos como estará a humanidade? Bom, possivelmente eu não estarei mais aqui para presenciar esse caos causado por toda essa FORÇA ESTRANHA que já comanda as entranhas do planeta Terra sutilmente. A menos que eu viva mais uns 40 anos é que eu vou ver com meus próprios olhos o início do caos, mas certamente eu não viverei tanto tempo assim antes de partir pra outra dimensão. No mais é salutar ainda acreditarmos num mundo melhor, no entanto, não discrimino quem não tenha mais esperança alguma na raça humana. E os governantes, o que fazem pra amenizar um pouquinho o sofrimento do povo pobre brasileiro? Nada pra variar, não é mesmo? E não farão mais nada daqui por diante. Infelizmente é a triste realidade. Abraço!
Seu comentário foi profundo. Minha mãe está com câncer, tem 78 anos e ela não vê a morte como nós, que estipulamos 20, 30 anos de vida. Espero que você esteja bem. VIver anda sendo muito complicado. Um abraço, meu caro ☕️ ❤️ Obrigado pela resenha dos Contos de Bebê Reborn no seu blog literário.
ExcluirPrecisamos redefinir o que é "pensamento crítico" - termo muito usado pela esquerda e pelo marxismo, assim como a esquerda redefiniu o termo "fascismo" que virou um lugar-comum nas querelas políticas. O mundo sempre foi um palco para disputas de poder, de ideias e de doutrinas. Numa coisa você está bem certo: estão formatando nossas cabeças através de algorítimos e isso não é coisa de uma única corrente política. O dim dim sempre falará mais alto. Onde o dinheiro chega, acaba-se a ideologia. Temos visto várias empresas desfazendo seus departamentos de diversidade pois o discurso radical dos chamados "wokers" estava atrapalhando os negócios. O capital sempre vai se debandar onde o lucro seja mais fácil, para isso, seguirá a ideologia da moda.
ResponderExcluirDeletei meu face e meu insta só para ver se eu ainda estava no controle...
É realizador ver que a mensagem principal foi captada por quem leu. Muito obrigado pela leitura e atenção. É isso mesmo o que você escreveu. Eu só não compreendo a cegueira das pessoas, pois eu considero isso óbvio.
ExcluirQuanto às empresas e sua marca ante a diversidade, meu caro, empresas querem clientes! Elas aproveitaram a "vaibe" daquele momento para lucrar. E devem ter se decepcionado bastante, pois essa comunidade é formada por excluídos da sociedade, pessoas em situações de marginalidade e vulnerabilidade. Essas pessoas não se tornarão os grandes consumidores de seus produtos. Existem os gays e toda a cambada da sopa de letrinhas que têm grana? Sim. São muitos? Sim. E eles não se importam com o tal arco-íris nas empresas. Na verdade, eles nem gostam. E elas perceberam isso, que os clientes mais fiéis não se importaria. Eu tô cansado desse movimento mendigo que é tudo para eles e eles nada dão em troca. Se você fosse uma Apple da vida, você iria focar em que gasta mais com seus produtos, ou com os coitadinhos que se sacrificam para parcelar em 50x um celular e não comprarão mais nada? Sabe...? Quem acreditou mesmo que essa bandeirada das empresas se sustentaria para sempre? E quem ainda quer instituir que tais coisas são para este ou para aquele, quando os produtos sempre foram e são para os que querem comprar. Eu sou gay e sempre achei perverso esse tipo de coisa de mostrar que Natura é para a diversidade. Sempre foi para quem consome seus produtos.
ExcluirCada vez mais difícil - se não impossível - discernimos o que, de fato, é nosso pensamento e o que nos foi ensinado a que pensássemos.
ResponderExcluirNa letra da canção Aquela Coisa, lá de oitenta e bolinha, Raul Seixas já dizia : Minha cabeça só pensa aquilo que ela aprendeu, Por isso mesmo, eu não confio nela, eu sou mais eu.
Isso explica a afirmação que conhecemos ao distinguir pessoas que se eximem do efeito manada sob o pretexto formado na maneira como foram criadas. A educação, desde os primórdios da existência de um ser humano em seu seio familiar, servirá como uma espécie de moldura para o quadro de sua personalidade constituída de valores, princípios, prioridades e objetivos.
ExcluirUm abraço, meu caro
La verdad es que hoy en día pensar por uno mismo, sin influencias exteriores, es todo un arte. Pues ciertamente tanto la televisión, como los medios en internet, son los grandes moldeadores de ideas hoy en día.
ResponderExcluirLa ideología política se apodera cada vez más de los medios, convirtiéndose ella misma en su propio medio de alcance creciente, ya que va ganando a las masas que promueven y engrosan un número cada vez mayor de adeptos a través de este tipo de lavado de cerebro. Tienes razón cuando dijiste que, hoy en día, pensar por uno mismo, sin influencias de medios externos, es un arte. Yo voy más allá, considero que es la verdadera resistencia del ciudadano por su individualidad como ser humano. Estamos a punto de sufrir una lobotomía asistida y promovida por las masas a nuestro alrededor.
ExcluirQuerido, ler este teu texto é como sentir a urgência de um grito contido, uma inquietação que pulsa fundo em cada palavra. É um alerta que não pode ser ignorado: pensar por ti mesmo tornou-se um ato de coragem num mundo que prefere mentes conformadas, embaladas por narrativas feitas para adormecer. Tu vais fundo nessa reflexão e não poupas as feridas do presente, que muitos tentam esconder sob o silêncio das bolhas digitais.
ResponderExcluirTenho orgulho da tua coragem em levantar esta bandeira do pensamento livre, porque só assim poderemos reencontrar a nossa voz verdadeira. Que cada leitor aqui tenha essa chama acesa para resistir às doutrinas invisíveis e caminhar sempre em busca da verdade própria.
Com carinho,
Daniela Silva
https://alma-leveblog.blogspot.com
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Coragem é um termo bom para algo que deveria ser padrão nas pessoas. A população deveria se desenvolver aprimorando o pensamento individual, a sociedade deveria primar pela essência existencial de cada um. Se você não consolida sua própria identidade, torna-se vulnerável às manipulações alheias. Nem todas se conduzem em evidência. Muitas vezes, elas utilizam o disfarce da empatia e da sororidade, assim conseguem o envolvimento da pessoa descuidada que se revela míope ao que deveria constatar.
ExcluirObrigado pela presença, pelo comentario e o carinho. Qualquer hora, apareço em seu blog.