Há muitos anos, era tradição minha vó paterna reunir os filhos e suas famílias para o terço de São Pedro. Eram muitos tios e primos, então a casinha (que é onde moro hoje) ficava lotada, pois vinham os vizinhos também, tão amados pela minha avozinha. Até os chatos.
Tinha quentão, pipoca, bolo, uma porção de coisas e, claro, tudo após rezarmos os cinco mistérios do terço mariano. A gente não se dava conta, mas é quando a gente perde que percebe que esperávamos o ano inteiro pelo evento. Minha avó se foi, sei lá, tem quase vinte anos.
A questão é que uma das tias faz aniversário justo nessa data, então, neste ano, as filhas resolveram organizar uma festinha na própria casa dela, em uma coábi das antigas, que tem quintalzão na frente e atrás. Ela fez até uma edícula e alugou -- muito diferente dos poleiros de pombos que constroem hoje em dia e chamam de "Minha Casa, Minha Vida".
Não teve mais o terço, pois muitos viraram evangélicos, mas a ideia da festinha junina permaneceu. Levei um tanto de pãezinhos recheados com patê, minha mãe e minha irmã levaram bolos e tortas. Chegando lá, que susto! Já tinha tudo! Uma porção de enfeite de São João, mesas temáticas onde ficaram as guloseimas e até o povo estava a caráter. Que chique! Se minha avó estivesse viva, teria amado, até porque as netas, Isabela, Carol e Giovanna estão mulheres. Quando ela partiu, eram criancinhas.
Claro que teve muita gente, claro que relembramos os tempos antigos e claro que ficamos tristes porque estamos todos velhos, então muita gente reclamou de muita coisa (dor aqui, não consigo dormir, tal posição me faz passar mal etc.). Só não foi mais agradável porque a gente não tem assunto para falar com a parentada, né? Então fica aquela coisa onde um começa a falar da vida do outro (de quem não está, quem sumiu porque ficou rico, casou, faz festa, não chama, mas põe tudinho no fêice, essas coisas). E chega o momento em que não tem como falar mais dos ausentes, então o jeito é falar uns dos outros. E eu sou aquele que não tenho nada para falar. Se eu contar que tenho blog, canal no Youtube, Instagram, nenhum deles fala nada sobre isso.
E não é que uma prima minha fez questão de conversar comigo sobre os "Contos de Bebê Reborn"? Para minha total surpresa, ela leu e adorou, principalmente o conto "Pacote de Presente". Eu ri. Por que os leitores gostaram tanto desse conto?! Falei isso a ela, que as pessoas que leram sempre dizem que é um dos contos favoritos, então tive uns feedbacks que me fizeram ver onde acertei nessa história. O escritor de hoje fica muito preocupado com tramas mirabolantes e se esquece de trabalhar os personagens. Se o leitor não se envolver com eles, não há reviravolta que dê jeito.
Engraçado que o "Tábatha, A Influencer", aparece em segundo lugar, meio que no esquema "gostei desse também". A questão é que os anteriores eram bem mais curtos. Fiquei com a impressão de que, se eu tivesse trabalhado mais aqueles contos curtos, talvez a imersão dos leitores teria sido incrível também. Mas o "Bia" não foi tão curto e, ao contrário do que imaginei, ele não conseguiu obter a mesma relevância. É um desafio mexer com a cabeça de vocês, leitores, mas tive um norte importante sobre trabalhar melhor os personagens ao longo da história.
Se você gosta de ler, mas ainda não conheceu os meus "Contos de Bebê Reborn", você é um sangue de morcego, cabeça de avestruz reborn. Ah, Ah! O ebook está na Amazon, gratuito para quem tem Kindle Unlimited ou pagando o preço extorsivo e desavergonhado de 5,99 -- clique aqui
Para terminar, gostaria de falar que o blog evoluiu e passou a ter domínio próprio:
Sim, é o mesmo nome do meu canal de conversas no YouTube. Se você ainda não o conhece, faço o convite para um dia me visitar lá.
Fico feliz pelos que dão seu tempo aqui, no YouTube e nos meus ebooks. Muito obrigado!
Um abraço, até a próxima postagem!
Tenho boas lembranças das festas de São João. Família grande do meu pai, vó, tios e primos morando tudo num mesmo enorme terreno. Eram dias mágicos!
ResponderExcluirHoje já não vou a festas de São João, a não ser das festas de escola do meu filho.
Que não é Reborn...
"Assim que é bom. Deve ter sido um momento magico, Eh, Eh. As festinhas antigamente eram assim para mim, algo mágico.
ExcluirFabiano,
ResponderExcluirA do rei!
A publicação, a festa, as lembranças
e conversa sobre seu livro que
amei ler.
Despois me conta desse
site com ponto com e tudo?
Bjins
CatiahôAlc.
É a url (endereço o blog) que agora é fabianocafegay.com.br
ExcluirPois registrei esse domínio.
Há alguma vantagem em ter um domínio próprio? O que é exatamente isso?
ResponderExcluirPara mim, fica "mais bonito". Só por isso mesmo. Tenho um carinho pelo meu blogue (segundo, o primeiro foi derrubado). Então vale a pena ver o tudo nos trinques... E tira esse "blogspot"!
ExcluirOi, Marreta. Eu apenas quis. Farei uma postagem explicando melhor.
ExcluirOlá,
ResponderExcluirQue bom que vc foi a uma festa junina e relembrou os velhos tempos.
Faz muito tempo que eu não vou numa festa junina.
Gostei bastante de conhecer o blog.
Muito obrigado, espero que volte.
ExcluirPelo menos não foi uma "festa estranha, com gente esquisita". Pena que não houve o terço. Essa moda neo-protestante está tirando a graça das coisas. Feliz pelo alcance de seus contos! Espero que continue crescendo!!!
ResponderExcluirAbraços
Obrigado, meu caro. A festa foi legal. O que é combinado não sai caro. Um grande abraço.
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