Tenho lido livros interessantes. O mais recente, eu terminei semana passada, 29 de Outubro. Foi uma história com cerca de 60 páginas, de Jack London. A estimativa não é precisa, pois leio como ebook, então é o que Amazon coloca, para termos uma noção. E leio em formato Epub, utilizando outro aplicativo, o que torna tudo ainda mais diferente e interessante, pois, no aplicativo informavam mais de 200 páginas, mas é porque ele me dava as letras grandes, com cerca de dois ou três parágrafos comuns em cada uma.
"A Praga Escarlate" é o nome do livro, uma distopia pós-apocalíptica (o povo adora essas duas palavras), ambientada no ano de 2073, focada em um velho de 87 anos e seus netos com idade entre 12 e 13 anos, sobreviventes de uma pandemia que acabou com tudo em 2013. Só que tem um detalhe importante que valoriza mais essa trama:
produzida em 1912
É meu querido, é minha querida! Ah, Ah, Ah! Jack London fez uma tacada quase certeira em relação à pandemia que quase levou a humanidade para a vala! Entretanto, em 1912, o que se saberia do nosso presente? É claro que as coisas que ele colocou não são bem como vivemos, mas, quando você ler, vai acabar pensando na nossa pandemia como um "What If" do tipo: "E se" as vacinas não tivessem sido descobertas logo? Como seria o mundo devastado, com praticamente restos de seres humanos, um e outro apenas, espalhados, escassamente, pela longetude do mundo? Também vi referências à Internet, onde conta que as pessoas, em 2013, se comunicavam pelo ar e pelos fios. PÁ! O que será que ele imaginou, hein?
Foi uma experiência incrível viajar para a devastação de 2073, onde nada mais havia de 2013. Sem Internet, sem tecnologia nenhuma, pois não havia laboratórios, medicamentos, estudos, nem escolas, não havia sequer um simples sabonete para tomar banho. Pois é! Tá entendendo aonde eu quero chegar? Esse futuro é muito louco! Os meninos que cresceram nessa escassez imensa de coisas mais básicas não sabiam nem se comunciar. O vocabuláario que entendiam era pífio, então eles ficavam impacientes diante das colocações do velho, pois eles não entendiam o que queriam dizer as palavras pronunciadas. Mesmo as mais simples de tudo, como "interessante". E eles, em sua ignorância, não suportavam o conhecimento bem ao lado. Um se zangava, outro debochava, e outro apenas ouvia na dedução de ir entendendo.
Mas, não bastava o cenário descrito, a realidade cruel onde nem tinham roupas e sabonete, portanto, nem banho tomavam. Não bastava ter ficado a par do que aconteceu, de como as pessoas iam morrendo, uma a uma. Ainda havia mais!
Sim! Esse livro me pegou de jeito quando a mensagem final foi transmitida: a busca pelo poder e a corrupção iminente. Esse detalhe filosófico do tipo "sad but true (triste, mas verdadeiro)" fez com que me lembrasse do aclamado Ensaio Sobre A Cegueira, obra prima de José Saramago, que li duas vezes com muito gosto, pois, em meio ao caos de uma súbita cegueira viral, leitosa e misteriosa, chega o momento em que o homem busca o poder e acaba fazendo com que outros se corrompam em troca de benefícios. Eu sei que existe o filme, que é muito bom também, mas o livro é uma imersão maior naquela realidade.
E eu falei com uma IA do X (antigo Twitter) sobre essa obra e o papo me deixou muito empolgado. Essa IA é um ChatGPT com mais coragem de colocar certas coisas, digamos assim.
Lembrei de você, Jotabê, que gosta de ter altos papos com a IA, seu amigo imaginário dos tempos contemorâneos. Acho que você iria gostar de experimentar. Espero que um dia o senhor tente, Sr. Asimov Botelho.
Vocês têm lido alguma coisa além dos blogs amigos? Se sim, comentem aí pra mim! Um abraço!
Se quiser, veja o vídeo onde falo desse livro do Jack London e se increva no canal.

Gostei do Asimov Botelho, embora imerecido. Há autores que conseguem prever pedaços do futuro e isso é muito interessante. Julio Verne era foda nisso. Há um autor de HQ que me deixou chapado quando li suas historinhas criadas em em 1934. Alex Raymond, Flash Gordon. O cara previu raio laser e mais alguma coisa. Mas se você quer assistir um filme bacana, mega distópico, procure "A última esperança da Terra. É engraçado ver o protagonista assistindo em um cinema vazio o documentário sobre o festival de Woodstock, se não engano. Claro, enquanto mata os mutantes que querem destruí-lo.
ResponderExcluirValeu pelas dicas, Jotabê. Muita gente gosta de Flash Gordon. Se cuida.
ExcluirFabiano.
ResponderExcluirRapaz, acredita que eu sou bobão e nunca li uma distopia?
O máximo que cheguei perto, foi no livro Novembro de 63 (que é sensacional), do Stephen King, onde por umas 20 páginas existe uma distopia, mas depois é tudo arrumado.
Eu tenho lá em casa 1984 do Geroge Orwel, que dizem ser muito bom.
Acho que vou dar uma chance.
Esse livro que citou me pareceu interessante.
Esse ano eu li muito.
Ao todo até aqui foram 58 leituras, entre HQs e livros.
Acabei de ler uma HQ sensacional chamada Undertaker, cara, vale a pena.
E também lí, Mr. Mercedes, do Stephen King, que é bom, tipo nota 7,5 ou 8.
Um abraço!
1984 deve ser muito bom, não conheo, mas virou carne vaca, tá na boca de todo mundo, então deve suas qualidades. Porém, um dia, quem sabe, eu o leia. Deixo baixar essa poeira. Não gosto muito de ler os livros do momento, essa espécie de pride que naturalmente é feita por aí, porque acabo tendo uma expectativa e depois me frustro. Prefiro escolher por mim mesmo o que ler, de prefência, algo que ninguém está falando a respeito. Assim não me influencio. Sou um pouco resistente a ir com a manada.
ExcluirQue bom que leu 58 leituras. Não importa se são HQs ou livros. Venho pensando em adquirir um caderninho para anotar a data em que termino de ler um livro. Mero capricho, só para saber quando terminei de ler.
Sei que posso fazer isso no celular também, mas o caderno, nesse ponto, tem sido uma ideia que me agrada.
Um abraço.
Oi, Fabiano! Eu assisti este vídeo em seu canal la no YouTube. Nunca li este livro, mas pelo que você relatou parece ser uma leitura pra lá de envolvente, não? Li poucos livros deste autor, se não me falhe a memória eu li somente um ou dois livros deste escritor. Abraço meu amigo.
ResponderExcluirTá ok, Luciano. Este é o primeiro livro dele que leio. Já tenho outro ue lerei em breve, já o adquiri. Pretendo ler ainda este ano. Muito obrigado por acompanhar as conversas do Café Gay. Um grande abraço.
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