terça-feira, 15 de julho de 2025

75 ANOS DA REVISTA DO PATO DONALD

Neste mês de Julho, comemoram-se os 75 anos de publicação da revista em quadrinhos (também chamada de "gibi") do Pato Donald. O primeiro exemplar foi em 12 de Julho de 1950, pela editora Abril, onde permaneceu até o final da empresa, com a última edição, n° 2481, referindo-se ao mês de Junho de 2018. A Culturama assumiu a publicação dos gibis Disney, logo no começo de 2019, mantendo o título do pato, mas reiniciando sua numeração, começando pelo número 0 em Março. Porém, na página de expediente, constam o número da edição pela Culturama e o número real da continuidade: 2482. Acredito que até hoje seja assim, o que considero muito bom.

"O Pato Donald" já foi quinzenal, semanal, mensal, começou com um formato imenso, mudou para o antigo formatinho, migrou para o formartinho conhecido e mantido até hoje, tirou a letra inicial "O" do título, também variou muito quanto ao número de páginas, terminando com 52, na Abril (um padrão consolidado há muitos anos) e recomeçando com 68, pela Culturama.

A primeira edição, em 1950, já começa com o fato curioso de o pato estar com Zé Carioca, sendo que, atualmente, os universos são distintos. O gibizão tem quarenta páginas e abre com a história clássica "O Segredo Do Castelo", de Carl Barks, o desenhista e roteirista mais prestigiado de todos os tempos, no universo dos patos disneyanos.

Preparei com carinho um vídeo que mostra todas as páginas da revista. Para assistir, clique aqui

Fontes de pesquisa:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pato_Donald_(revista_em_quadrinhos)

http://www.guiadosquadrinhos.com/edicao/pato-donald-o-n-1/ptd0031/14324

http://www.guiadosquadrinhos.com/edicao/pato-donald-o-n-2481/ptd0031/139906

http://www.guiadosquadrinhos.com/edicao/pato-donald-n-1/pa19211/145467

quarta-feira, 9 de julho de 2025

THE MOUSE TRAP - O PODRÃO DO MICKEY

Dias desses, estava procurando filmes no You Tube e dei de cara com uma produção trasheira do Mickey, intitulada "The Mouse Trap".

Sério?!

É. O que acontece é que a versão do Mickey de 1928 está em domínio público. Isso quer dizer que o personagem pode ser utilizado sem pedir autorização à Disney, o que dá margem para a criatividade correr solta, principalmente a provocativa.

"The Mouse Trap" é um filme de 2024 no estilo slasher (matança estúpida). No começo, a produção já deixa bem claro que a Disney não tem nada a ver, que é uma equipe independente e blá-blá-blá. Depois de tudo esclarecido, a história começa mostrando um cenário diverttido para jovens e bastante cansativo para as funcionárias exaustas que queriam ir embora, mas, um pouco antes do final de expediente, vem o patrão informar que precisarão ficar mais algumas horas, por causa de uma turma que alugou o espaço para uma festinha. A contragosto, elas ficam. Na verdade, só uma acaba ficando. A outra dá um jeito de se ausentar, na maior malandragem. A turma que alugou o espaço chega e a trama vai deslanchando.

Para minha surpresa, a imagem do filme apareceu muito boa para mim. A dublagem, idem, só que há muitos palavrões, então digo logo para que tirem as crianças de perto, pois muitas palavras cabeludas são pronunciadas sem poupar a quem vê. Eu gostei, achei interessante (por se tratar do Mickey), pois o gênero trash/slasher costuma ter meu apreço. É claro que o Mickey é um homem vestido com uma fantasia. Poderiam ter trabalhado um pouco isso, para o entendimento melhor (ao telespectador) acerca do personagem, como foi com a trasheira do Ursinho Pooh, por exemplo, onde ficou claro que o personagem era o resultado de uma experiência genética mal-sucedida, por isso foi abandonado no bosque, assim como seus amigos. Mas isso, quem sabe, talvez eu comente em um outro post -- ou não.

Clique aqui para ver o filme no YT

segunda-feira, 7 de julho de 2025

OS BARBADOS


O primeiro Mickey, de 1928, está em domínio público. Note que ele é preto e branco, usa o shortinho e não tem luvas. Qualquer pessoa pode usar livremente essa versão, sem precisar de autorização. Isso deu margem a um filme que descobri recentemente, bem trash, onde o Mickey mata uma porção de gente. Mas prometo falar nisso em outro post.

domingo, 6 de julho de 2025

POR QUE ADERI AO DOMÍNIO PRÓPRIO?

Ao anunciar, no final da postagem da festa junina, que este blog agora tem domínio próprio, um amigo querido, blogueiro, excelente escritor e profissional da educação (que inspira atenção dos governantes) me perguntou sobre a vantagem de ter um domínio próprio.

Não faz muito tempo, ele me encaminhou uma notícia de um site informativo cujo nome era bem parecido ao que mantém há muito anos em seu blog. Parecido não é igual. Ainda bem, pois, se fosse, não poderia fazer nada a respeito, se quisesse. Certamente, o site jornalístico tem o domínio registrado. Já o amigo, apesar de usar seu blog desde muito antes, correria o risco de ter que mudar. 

O domínio próprio garante que o título seja seu. 

Ainda nessa hipótese, a possibilidade de haver algum conflito, se os nomes fossem iguais, é quase nula, pois acredito que nenhum dos dois lados esquentaria a cabeça com isso, vez que um site seria, por exemplo, "marreta.com.br", e o outro, "marreta.blogspot.com". Ambos conviveriam 'de boa', mas qual  você acha que ganharia um olhar mais respeitoso, em qual você acha que um leitor daria maior credibilidade imediata? Não tenha dúvidas de que seria o "marreta.com.br". 

Não estou dizendo que o outro não teria respeito nem credibilidade, estou me referindo ao imediatismo de um leitor que se depararia com os dois links para clicar e conhecer. A possibilidade de clicar no "com.br" é maior. Depois, ele poderia visitar, sim, o outro e até gostar mais dele, poderia xingar o anterior e dizer que não passa de midiazinha elitizada, comprada etc. Mas, veja que, até isso ocorrer, o internauta viu primeiro o que não gostou e, para preferir o outro, teve que ver os dois. Nem sempre o cidadão verá os dois. Ele tende a priorizar o que mais atrai.

É como você ver uma pessoa bonita e uma feia. Não, você não quer namorar. Você está livre 'na pista' e deseja apenas um momento gostoso. Vai querer quem? A pessoa que acha bonita ou a feia? Muitas vezes, a feia pode ser bem mais interessante e ter a tal pegada que a bonita jamais teria, mas você só está com fome, então o bife mais vistoso lhe parece mais apetitoso. Se me disser que não, está mentindo, seu sangue de morcego!

Será que consegui explicar? Não sou bom para essas coisas. A vantagem, se podemos dizer assim, está em mexer com a pessoa, no sentido de você ser olhado com um pouco mais de credibilidade. Você mesmo, prezado escritor que tem seu blog há anos com um conteúdo ímpar à machosfera, espanta-me você não ter seu próprio domínio, pois ele simboliza um carinho a mais para o seu blog, mostrando que você dá total importância ao que coloca nele. Eu sei que não precisa mostrar nada a ninguém, mas é algo que, na Internet, soa automático aos demais: o carinho, o zelo, a importância que você promove ao seu espaço, ao próprio conteúdo. Não considera importante botar uma roupa adequada para passar o dia no trabalho e transitar aonde quiser, sem problemas? Então. Não é salutar escovar os dentes, passar um desodorante no calor de nossa Black River, que não é fácil? É a mesma coisa. 

Com o domínio "blogspot.com", eu seria a mulher que apareceria com a roupa inadequada na missa e atrairia olhares distintos, ainda que eu não fosse 'uma dessas'. Com "com.br", eu sou a senhora que sabe como se vestir para uma missa, ainda que depois eu vá brincar com os cavalões de meu carrossel. Captou?

É só um detalhezinho bobo, mas é bom para quem preza pelo que produz.

No meu caso, eu uso blog desde, sei lá, 2007 ou algo parecido, até hoje há quem se lembre do antigo Socializando: um blog que eu mantinha na brincadeira -- nunca o levei a sério, apesar de ter me consumido horas em muitas postagens, pois sou do tipo que, já que vai fazer, que faça bem feito. Mesmo o Socializando nunca ter tido domínio próprio, há quem se refira a ele com carinho. Hoje penso que, se eu tivesse dado um domínio próprio a ele naquela época, talvez meu alcance teria sido maior. Eu me recordo que algumas pessoas me reconheceram, assim que botei os pés na primeira Comic Com realizada em Santos, no ano de 2013. Levei um susto e fiquei na defensiva, pois jamais estava preparado para aquilo -- achei seria mais um anônimo entre tantos. Foram poucos os que me "enxergaram", na verdade, mas fiquei feliz. Talvez teriam sido mais, se eu tivesse levado o blog a sério naquela época. Talvez eu tenha jogado fora uma chance de ter crescido mais. E não foi a primeria vez que desperdicei uma oportunidade.

Antigamente, eu postava na Internet como uma pessoa que estava experimentando as coisas, um tanto curiosa, ingênua, um iniciante que não se considerava bom o bastante e queria ver, explorar, observar, aprender... Acho que a isso se atribui a alcunha de neófito, talvez -- uma espécie de observador e aprendiz ao mesmo tempo. O tempo passou, eu vi muita coisa (digamos, fora do meu apreço) considerada profissional ou de alto talento. Algumas me deixavam pasmo. Eu me perguntava: "Mas, como?! Isso é ruim pra kharáleo!". Um dia, sei lá quando, caiu minha ficha. Demorou! Talvez tenha caído tarde demais. Hoje eu sei que, em comparação a muitos por aí, eu sou um dos melhores. Mas, e daí? Eu sou uma pessoa desprezível, nao sei manter conchavos, nem assumir certos compromissos. Então o jeito é seguir vivendo um dia de cada vez, do jeito que for possível. 

Espero ter esclarecido sobre a importância do domínio próprio. Custa baratíssimo no Registro.br. Mas já alerto que configurá-lo não é nada fácil. 

Um abraço, até o próximo post, que será de quadrinhos.


quarta-feira, 2 de julho de 2025

POÉTICO - A BOLA DO MEU SACO

A bola do meu saco vive oculta.
Quanto estou pelado,
Ela está peluda.

A bola do meu saco é danada.
Quando é estimulada, 
Solta cusparada.

A bola do meu saco me permite amar,
Estruturar a minha vida,
Para um outro de mim cuidar.

A bola do meu saco me traz emoções,
Que são materializadas depois,
Em minhas novas versões,

A bola do meu saco não me define ao todo.
Eu sou muito mais, sou uma pessoa,
E meu sentimento de amor não é à toa.

segunda-feira, 30 de junho de 2025

FESTA JUNINA REBORN

Há muitos anos, era tradição minha vó paterna reunir os filhos e suas famílias para o terço de São Pedro. Eram muitos tios e primos, então a casinha (que é onde moro hoje) ficava lotada, pois vinham os vizinhos também, tão amados pela minha avozinha. Até os chatos.
 
Tinha quentão, pipoca, bolo, uma porção de coisas e, claro, tudo após rezarmos os cinco mistérios do terço mariano. A gente não se dava conta, mas é quando a gente perde que percebe que esperávamos o ano inteiro pelo evento. Minha avó se foi, sei lá, tem quase vinte anos.
 
A questão é que uma das tias faz aniversário justo nessa data, então, neste ano, as filhas resolveram organizar uma festinha na própria casa dela, em uma coábi das antigas, que tem quintalzão na frente e atrás. Ela fez até uma edícula e alugou -- muito diferente dos poleiros de pombos que constroem hoje em dia e chamam de "Minha Casa, Minha Vida".

Não teve mais o terço, pois muitos viraram evangélicos, mas a ideia da festinha junina permaneceu. Levei um tanto de pãezinhos recheados com patê, minha mãe e minha irmã levaram bolos e tortas. Chegando lá, que susto! Já tinha tudo! Uma porção de enfeite de São João, mesas temáticas onde ficaram as guloseimas e até o povo estava a caráter. Que chique! Se minha avó estivesse viva, teria amado, até porque as netas, Isabela, Carol e Giovanna estão mulheres. Quando ela partiu, eram criancinhas.
Claro que teve muita gente, claro que relembramos os tempos antigos e claro que ficamos tristes porque estamos todos velhos, então muita gente reclamou de muita coisa (dor aqui, não consigo dormir, tal posição me faz passar mal etc.). Só não foi mais agradável porque a gente não tem assunto para falar com a parentada, né? Então fica aquela coisa onde um começa a falar da vida do outro (de quem não está, quem sumiu porque ficou rico, casou, faz festa, não chama, mas põe tudinho no fêice, essas coisas). E chega o momento em que não tem como falar mais dos ausentes, então o jeito é falar uns dos outros. E eu sou aquele que não tenho nada para falar. Se eu contar que tenho blog, canal no Youtube, Instagram, nenhum deles fala nada sobre isso. 

E não é que uma prima minha fez questão de conversar comigo sobre os "Contos de Bebê Reborn"? Para minha total surpresa, ela leu e adorou, principalmente o conto "Pacote de Presente". Eu ri. Por que os leitores gostaram tanto desse conto?! Falei isso a ela, que as pessoas que leram sempre dizem que é um dos contos favoritos, então tive uns feedbacks que me fizeram ver onde acertei nessa história. O escritor de hoje fica muito preocupado com tramas mirabolantes e se esquece de trabalhar os personagens. Se o leitor não se envolver com eles, não há reviravolta que dê jeito.

Engraçado que o "Tábatha, A Influencer", aparece em segundo lugar, meio que no esquema "gostei desse também". A questão é que os anteriores eram bem mais curtos. Fiquei com a impressão de que, se eu tivesse trabalhado mais aqueles contos curtos, talvez a imersão dos leitores teria sido incrível também. Mas o "Bia" não foi tão curto e, ao contrário do que imaginei, ele não conseguiu obter a mesma relevância. É um desafio mexer com a cabeça de vocês, leitores, mas tive um norte importante sobre trabalhar melhor os personagens ao longo da história. 
Se você gosta de ler, mas ainda não conheceu os meus "Contos de Bebê Reborn", você é um sangue de morcego, cabeça de avestruz reborn. Ah, Ah! O ebook está na Amazon, gratuito para quem tem Kindle Unlimited ou pagando o preço extorsivo e desavergonhado de 5,99 -- clique aqui

Para terminar, gostaria de falar que o blog evoluiu e passou a ter domínio próprio:

Sim, é o mesmo nome do meu canal de conversas no YouTube. Se você ainda não o conhece, faço o convite para um dia me visitar lá.
 
Fico feliz pelos que dão seu tempo aqui, no YouTube e nos meus ebooks. Muito obrigado!
 
Um abraço, até a próxima postagem! 

sexta-feira, 27 de junho de 2025

A BOMBA PODEROSA

Conflitos gerados em ambientes invisíveis são capazes de proporcionar estragos que alteram nossa realidade. Projeta-se sobre nós, em tempo real, o que acontece no outro lado do planeta. Não estou falando de ligar a TV no jornal e prestar atenção ao que o repórter informa. A gente pega o celular e entra em uma espécie de quórum coletivo onde vemos opiniões, convicções e todo tipo de manifesto (com ódio, indiferença, dramático) oriundo de pessoas que sequer sabemos que existiam, e elas podem estar na quadra ao lado ou em Portugal, EUA, Alemanha, Turquia... Normalmente costumam estar cagando no banheiro, segurando o aparelho (ops! eu me refiro ao celular).
Nesse tempos de guerra, onde cada um de nós pode descobrir que possui um barril de pólvora em si, escrevi mais um mais um texto poético e o transformei em música por meio da SUNO AI. Eu fiz um canal para essas músicas, mas ele vinha tendo zero views, então resolvi colocar esses videoclipes no Fabiano Café Gay, já que lá existe o movimento -- e mesmo que essas minhas obras não sejam vistas, fica o consolo de que está em um lugar com muitos posts e comentários legais, um lugar que eu amo manter, então estará bem guardado. Trago aqui pelo mesmo motivo. 
Ficou legal o sotaque "a bomba poderôssa". Na verdade, um falha da inteligência artificial, mas que proporcionou certo charme. Hoje em dia, se você quer ouvir uma música que o agrade, faça você mesmo.


A BOMBA PODEROSA
Texto de Fabiano Caldeira
Música gerada por SUNO AI

A bomba poderosa
Decidiu que era chegada a hora
De fazer o seu grande estouro:
Acabar com tudo, sem pensar nos outros.

"Essa realidade ordinária precisa acabar.
Não vejo ninguém se prontificar,
Nenhuma mudança operar,
Então serei eu, o grande heroi, a me sacrificar!"

A bomba, sendenta pela mudança,
Provocou o próprio estouro.
Vieram mais dois! Que abundância!
E o deserto permaneceu... deserto - e arenoso

Ouça no site da SUNO.COM
https://suno.com/song/d051aacf-5c0d-4b00-b317-c84e9150d8a6

75 ANOS DA REVISTA DO PATO DONALD

Neste mês de Julho, comemoram-se os 75 anos de publicação da revista em quadrinhos (também chamada de "gibi") do Pato Donald. O pr...