Domingo
A semana indo
A outra vindo
Mais um dia lindo
E nós vamos seguindo
O vídeo abaixo traz reflexões sobre o que abordei na postagem anterior, mas também trata de outras aquisições: um encadernado da Disney e um microfone. Estou compartilhando apenas por ser uma extensão do que abordei anteriormente. Todas as aquisições têm a ver com a questão.
Não preciso ficar explicando mais. Quem tiver saco, que veja. Eu falo tudo lá. São dois anos de canal, mais de dois mil inscritos, naturalmente, sem maracutaia. Sei que o povo daqui não se mistura com o de lá, mas ficaria feliz se alguém daqui ouvisse o que tenho a dizer.
Qualquer hora, dê uma passadinha lá no Café Gay e me deixa um "oi", para eu saber que esteve lá. Mas não tem Pix.
Eu não fico anunciando meu blog, pois a intenção não é torná-lo ciente para muita gente que tenho como contato em redes sociais. Deixá-lo quieto é bom para mim, pois me sinto mais à vontade para colocar certas coisas. Coisas as quais vejo naquele outro lugar tão "sociável" e me fazem pensar.
Dia desses, fiquei empolgado com um colega, ao saber que ele lançará um segundo livro de uma obra literária que li dele, há pouco tempo. Fiz videozinho mostrando satisfação, mostrei o livro 1, que tenho com muito gosto, enfim, demonstrei minha felicidade pelo feito dele.
Mas essa euforia acabou logo. No dia seguinte, vi uma nova divulgação do livro novo, agora dizendo que está na Amazon, para quem não quer esperar o tempo certo de pegar o físico. Até aí, tudo bem. Sou um grande adepto da leitura digital e vivia incentivando as pessoas a irem por esse caminho.
"Vivia" porque venho aprendendo a ser egoísta para o meu próprio bem. Hoje, não encorajo ninguém. Porque não tenho mais saco para ficar conduzindo o cidadão e depois ele simplesmente me virar as costas por causa de algo qualquer, me descarta no lixo como se eu fosse um copinho de água. A culpa era da pessoa ingrata, cretina, falsiane, metida? Não. A culpa era toda minha, pois partia de mim ajudar e ser todo o suporte que todo mundo precisava. Eu dava meu tempo para ver a satisfação da pessoa em conseguir realizar a façanha de colocar seu ebook e ter aprendido a mexer na plataforma, para colocar outros que supostamente viriam, mas depois eu percebi que a pessoa nem valorizava tanto esse tipo de coisa. Eu só fui percebendo isso ao longo do tempo. Novamente eu digo, não culpo ninguém a não ser a mim mesmo, pois partiu de mim, mas voltando ao foco que não é esse...
A divulgação nova que vi tinha um detalhe que não me agradou nenhum pouco, e é nessas horas que eu agradeço por ter este lugar para desabafar. Alguém está pagando pessoas para deixar comentários e avaliações cinco estrelas na página da Amazon. Vi preços variando entre 20 a 50 reais via Pix. Sem burocracia. Era só seguir fulano, siclano e beltrano, deixar o comentário na Amazon e avaliar com as cinco estrelinhas. Postar em rede social também vale, mas não sei se está incluído no valor do Pix.
Uma vez, no início do meu ingresso na Amazon, eu tinha conhecido uma plataforma chamada WATPAD. Era um lugar bem movimentado onde todo mundo punha de tudo o que escrevia e tinha-se acesso total ao que bem quisesse encontrar. Resumindo bem a questão, meu encanto se desfez quando percebi que ninguém lia as coisas que eu postava. Sério. Ninguém mesmo! Mas havia um monte de gente com números impressionantes de leituras, comentários, bajulações etc. Um dia, averiguando melhor a plataforma, percebi que havia uma combinação entre as pessoas. Se você seguir fulano, beltrano e tetrano, você vai receber um número X de pessoas olhando o que você escreve. Se fizer mais isto e aquilo, as pessoas deixarão comentários, serão superfofas com você.
Saí completamente desiludido e ingressei na Amazon. O ano era algo entre 2016, 2017, não lembro com exatidão. Vendo, hoje, a nova maracutaia envolvendo esse perfil do colega, perdi o encanto sobre todas as postagens desse nicho no Instagram. Eu sempre lia um post de alguém, um feed dos grandes, muitas vezes, mas eu lia com prazer. Agora, eu olho esses posts e não tenho nem coragem de querer saber se o post é grande ou não, porque simplesmente não me importa. Não me interessa.
Talvez, se eu fosse, um pouco, como esse autor, eu faria a mesmíssima coisa. Mas eu não sou ele, não estou no lugar dele. O meu lugar é outro. E aqui, no meu lugar, o que eu sinto é dor e desprezo. A dor de ser tapeado, de ter acreditado em palavras de posts que na verdade não são sinceras.
"Ah, não fale assim, estou ganhando para fazer este post, mas eu o faria mesmo assim." Ah, jura? Então faz o seguinte: pega o valor desse seu pix, que você recebeu, e encaminha ele para mim. Ah, Ah, Ah!
Pra cima de mim esse papinho, bem?
Só quero deixar claro que não vim colocar lição de moral a ninguém. Não quero apontar o dedo e dizer quem é mais ou menos escritor, quem joga sujo ou limpo. A questão não é essa. A questão é: eu estou completamante decepcionado com muita coisa que descubro ser ilusão.
Autores como ele... Não importa que paguem um milhão de pessoas. Esses autores sabem que elas não os leem porque sentem vontade. Elas os leem por dinheiro, ou melhor: esmolas.
"Olha, o autor não tem nada a ver com isso. Na verdade, é o perfil da fulana influencer que...", está usando a obra dele para se promover e assim desiludir leitores como eu. Dá na mesma! O foco aqui é a decepção em descobrir que um livro bem comentado não é realmente o que muitos gostaram de ler. Qual confiança terei, daqui para frente, ao ler os comentários de um livro e achar que são reais? Nenhuma. Nem comentários, nem estrelinhas, nem resenhas em redes sociais, nem nada...
Essas coisas decepcionam, deprimem, tenho até vontade de me desfazer dos livros desse autor. Talvez eu doe para a biblioteca municipal. Perder o encanto é foda. O mercado, o sistema é foda.
Tenho lido livros interessantes. O mais recente, eu terminei semana passada, 29 de Outubro. Foi uma história com cerca de 60 páginas, de Jack London. A estimativa não é precisa, pois leio como ebook, então é o que Amazon coloca, para termos uma noção. E leio em formato Epub, utilizando outro aplicativo, o que torna tudo ainda mais diferente e interessante, pois, no aplicativo informavam mais de 200 páginas, mas é porque ele me dava as letras grandes, com cerca de dois ou três parágrafos comuns em cada uma.
"A Praga Escarlate" é o nome do livro, uma distopia pós-apocalíptica (o povo adora essas duas palavras), ambientada no ano de 2073, focada em um velho de 87 anos e seus netos com idade entre 12 e 13 anos, sobreviventes de uma pandemia que acabou com tudo em 2013. Só que tem um detalhe importante que valoriza mais essa trama:
produzida em 1912
É meu querido, é minha querida! Ah, Ah, Ah! Jack London fez uma tacada quase certeira em relação à pandemia que quase levou a humanidade para a vala! Entretanto, em 1912, o que se saberia do nosso presente? É claro que as coisas que ele colocou não são bem como vivemos, mas, quando você ler, vai acabar pensando na nossa pandemia como um "What If" do tipo: "E se" as vacinas não tivessem sido descobertas logo? Como seria o mundo devastado, com praticamente restos de seres humanos, um e outro apenas, espalhados, escassamente, pela longetude do mundo? Também vi referências à Internet, onde conta que as pessoas, em 2013, se comunicavam pelo ar e pelos fios. PÁ! O que será que ele imaginou, hein?
Foi uma experiência incrível viajar para a devastação de 2073, onde nada mais havia de 2013. Sem Internet, sem tecnologia nenhuma, pois não havia laboratórios, medicamentos, estudos, nem escolas, não havia sequer um simples sabonete para tomar banho. Pois é! Tá entendendo aonde eu quero chegar? Esse futuro é muito louco! Os meninos que cresceram nessa escassez imensa de coisas mais básicas não sabiam nem se comunciar. O vocabuláario que entendiam era pífio, então eles ficavam impacientes diante das colocações do velho, pois eles não entendiam o que queriam dizer as palavras pronunciadas. Mesmo as mais simples de tudo, como "interessante". E eles, em sua ignorância, não suportavam o conhecimento bem ao lado. Um se zangava, outro debochava, e outro apenas ouvia na dedução de ir entendendo.
Mas, não bastava o cenário descrito, a realidade cruel onde nem tinham roupas e sabonete, portanto, nem banho tomavam. Não bastava ter ficado a par do que aconteceu, de como as pessoas iam morrendo, uma a uma. Ainda havia mais!
Sim! Esse livro me pegou de jeito quando a mensagem final foi transmitida: a busca pelo poder e a corrupção iminente. Esse detalhe filosófico do tipo "sad but true (triste, mas verdadeiro)" fez com que me lembrasse do aclamado Ensaio Sobre A Cegueira, obra prima de José Saramago, que li duas vezes com muito gosto, pois, em meio ao caos de uma súbita cegueira viral, leitosa e misteriosa, chega o momento em que o homem busca o poder e acaba fazendo com que outros se corrompam em troca de benefícios. Eu sei que existe o filme, que é muito bom também, mas o livro é uma imersão maior naquela realidade.
E eu falei com uma IA do X (antigo Twitter) sobre essa obra e o papo me deixou muito empolgado. Essa IA é um ChatGPT com mais coragem de colocar certas coisas, digamos assim.
Lembrei de você, Jotabê, que gosta de ter altos papos com a IA, seu amigo imaginário dos tempos contemorâneos. Acho que você iria gostar de experimentar. Espero que um dia o senhor tente, Sr. Asimov Botelho.
Vocês têm lido alguma coisa além dos blogs amigos? Se sim, comentem aí pra mim! Um abraço!
Se quiser, veja o vídeo onde falo desse livro do Jack London e se increva no canal.
Em Outubro de 1989, as bancas de jornais e revistas receberam a edição n° 1 de "O Menino Maluquinho", personagem tão famoso e querido do unvierso infantil de livros, criado por Ziraldo que, por sua vez, não era nenhum amador nesse universo dos quadrinhos, vez que muita gente já conhecia Pererê e sua turma.
O Menino Maluquinho tinha apenas 68 páginas, mas as folhas bem brancas e de gramatura maior encorparam o formatinho. A capa vermelha com o protagonista em destaque também chamou bastante a atenção. Ele segurava uma etiquetadora de preços, uma prévia para a primeira história que se passava em um supermerado. Vale lembrar que era uma época econômica difícil, a moeda se chamava Cruzado Novo, pois o Cruzado antigo tornara-se facilmente obsoleto. Uma crise que abalou muita gente, imagine o desafio de lançar uma revista nova, então! Essa edição custou quatro cruzados novos e cinquenta centavos - NCz$ 4,50.